Temos de falar sobre a Suécia de Pedro Mexia: uma peça de ideias

O Teatro Nacional São João estreia esta quinta-feira Suécia, com encenação de Nuno Cardoso. Modelos políticos, ideais de felicidade, relações familiares, desilusão, finitude. Uma conversa crepuscular.

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A principal força desta peça talvez resida justamente no modo como o espectador é apanhado desprevenido com a progressiva mudança de registo,A principal força desta peça talvez resida justamente no modo como o espectador é apanhado desprevenido com a progressiva mudança de registo Nelson Garrido,Nelson Garrido
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Nelson Garrido
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Quando outros jovens da sua idade chegavam tarde à revolução, enfrentavam crises de fé, alimentavam as juventudes partidárias ou se deixavam fascinar pelas ciências ocultas, Pedro Mexia cismava com a Suécia, um poderoso mito que acompanhou a sua infância nos anos 70, composto não apenas pelo invejado modelo político de uma social-democracia que parecia ter encontrado o equilíbrio ideal entre liberdade e igualdade, mas alimentado também pelos filmes de Ingmar Bergman e a música dos Abba, o ténis de Björn Borg e as fintas de Strömberg no Benfica, a que talvez se possam somar a intrépida Pipi das Meias Altas ou o exuberante cozinheiro sueco dos Marretas.

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