Nos últimos 50 anos nenhum ministro deixou funções com a TAP e a CP a darem lucro, como disse Pedro Nuno Santos?

O ex-ministro das Infra-Estruturas elogiou os resultados do seu mandato em duas grandes empresas públicas.

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Pedro Nuno Santos foi ouvido pela Comissão Parlamentar de Economia Rui Gaudêncio
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A frase

“Não há mais nenhum ministro nos últimos 50 anos que se possa gabar de ter deixado as suas funções com a TAP e a CP a darem lucro”

Pedro Nuno Santos, ex-ministro das Infra-estruturas, na Comissão Parlamentar de Economia

O contexto

A frase de Pedro Nuno Santos surgiu numa altura da sua audição na Comissão Parlamentar de Economia, à qual foi chamado por causa da TAP, durante a qual estava a debater o tema das empresas públicas com o PSD.

"A venda da TAP em 2015 é um padrão sobre como a direita vê as empresas públicas", defendeu o ex-governante, dando o exemplo da ANA – Aeroportos de Portugal, que só no ano passado teve um lucro recorde de 334 milhões. Além da TAP, que deu lucro enquanto empresa pública, “conseguimos que a CP também desse lucro e não há nenhum ministro, nos últimos 50 anos, que se possa gabar de ter deixado a TAP e a CP a dar lucro", destacou.

Os factos

A TAP teve um resultado líquido positivo, ao nível das contas consolidadas, de 65,6 milhões de euros em 2022. Nesse mesmo exercício, a CP teve um lucro de oito milhões de euros, devido à aplicação do contrato de serviço público.

Se a TAP já tinha tido lucros em anos anteriores (tanto ao nível da transportadora como do grupo), a questão era a CP. E, do lado da empresa ferroviária, é um facto que a empresa, desde que existe tal como a conhecemos, não dava lucros pelo menos desde 1947, altura em que se fundiu com diversas empresas ferroviárias nacionais, deficitárias (de fora ficou a que explorava a linha do Estoril).

Em resumo

Sim, nos últimos 50 anos não houve outro momento em que a TAP e a CP dessem lucro no mesmo exercício.

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