O Governo e o Sara Ocidental – um caso de incoerência

O apoio do Governo português ao plano marroquino, como “proposta realista, séria e credível”, sem mencionar a autodeterminação do povo sarauí, é um gesto de abdicação e profunda incoerência.

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As similitudes entre os casos de Timor-Leste e do Sara Ocidental estão há muito estabelecidas. Dois territórios não autónomos, cujo processo de autodeterminação foi interrompido, em ambos os casos, por força da ocupação perpetrada por Estados com aliados poderosos no xadrez político mundial. Apesar desta proximidade, Timor-Leste e Sara Ocidental distinguem-se num aspeto fundamental: enquanto a potência administrante do Sara (Espanha) assistiu passivamente à ocupação, a potência administrante de Timor-Leste (Portugal) assumiu a responsabilidade de defender, sem transigências, o direito à autodeterminação do povo daquele território.

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