Tudo perfeito para que a festa fosse perfeita
O Benfica venceu o Santa Clara e confirmou a conquista do seu 38.º título de campeão nacional de futebol.
O Estádio da Luz estava “à pinha”. O ambiente que se respirava nas bancadas era de euforia. E bastaram sete minutos para que a festa começasse. Um golo cedo foi um início de jogo perfeito para o Benfica - que nem precisava de vencer o Santa Clara para celebrar a conquista do 38.º título de campeão nacional (desde que o FC Porto não derrotasse o Vitória por 11-0). Mas após 90 minutos em que a vitória “encarnada” nunca esteve em causa, soou o apito final, o Benfica venceu por 3-0 e a festa foi perfeita na Luz.
O Benfica fez o que tinha de fazer. Frente ao último classificado da I Liga, já despromovido ao escalão secundários, os benfiquistas começaram o jogo com intensidade e chegaram muito cedo ao golo que lhes deu ainda mais tranquilidade - um cruzamento de Bah foi bem cabeceado por Gonçalo Ramos, logo aos 7’.
Seguiram-se vários minutos de alguma apatia. Ao Benfica não lhe interessava acelerar o jogo. Pelo contrário, os “encarnados” queriam era que o tempo fosse passando. Mas com o FC Porto a jogar em superioridade numérica e a vencer no seu estádio o Vitória de Guimarães, a conquista do título pelas "águias" poderia sofrer algum tipo de sobressalto, apesar da vantagem de um golo.
Por isso, nada melhor do que marcar o segundo antes do descanso para que os benfiquistas chegassem ao intervalo com a sensação de que o título já não lhes fugiria. E como o dia estava a ser perfeito... foi isso mesmo que aconteceu. Um contra-ataque protagonizado por João Mário e Rafa, permitiu a este último fazer o 2-0, com a bola ainda a ressaltar num adversário e a trair o guarda-redes.
A festa soltou-se por completo na Luz e não mais parou. A segunda parte foi o início do que será uma longa noite de festejos, embora ainda houvesse tempo para um momento mais sentimental. Um penálti cometido por Adriano proporcionou a Grimaldo a hipótese de se despedir da Luz com um golo. O espanhol não desperdiçou e fez o 3-0 final antes de mostrar lágrimas no rosto e de beijar o símbolo do clube. O dia era de festa, propício para que se fizessem as pazes entre um jogador que está de saída e os adeptos que, nos últimos tempos, até o vinham criticando. Tudo perfeito para o 38.º título das “águias”.