ARCOlisboa: há muito mais mercado do que se imagina
Disse-se em tempos que o mais importante na ARCO não era o que lá se passava, mas o que acontecia a seguir. Uma regra que continua em vigor. A feira termina domingo com um balanço ainda por fechar.
Na quarta-feira, a directora da galeria britânica Greengrassi desolava-se por não ter conseguido desalfandegar a tempo as obras destinadas ao seu project room, um trabalho do artista Simon Ling, como noticiámos já. Na altura, ainda não sabia o que ia acontecer ao cubículo branco que tinha pago, e que já contrastava nesse dia com a cor e a exuberância dos stands vizinhos. Mas uma mão amiga tratou do assunto: a artista Ana Jotta desenhou na parede uma imagem de um pudim a ser gulosamente atacado por formigas, assinou-a e dedicou-a à galeria. Não é a primeira vez que Ana Jotta tem um gesto generoso desta ordem, e que ao mesmo tempo nos recorda que estamos ali a ver arte, e não apenas a comprá-la ou vendê-la. A galeria Greengrassi ficou, afinal, muito bem servida.
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