A Turquia deverá continuar a ser de Erdogan, mas é cada vez menos um país para sírios

Derrotada, a oposição apostou no tudo ou nada e lançou-se numa desenfreada retórica anti-refugiados. Esquecida ficou a crise, assim como as promessas de devolver aos turcos o Estado de direito.

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Erdogan venceu a primeira, com com 49,5% dos votos. Kiliçdaroglu obteve 44,96%. EPA/ERDEM SAHIN
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Antes da primeira volta das presidenciais turcas de 14 de Maio, mais do que em qualquer eleição desde a chegada de Recep Tayyip Erdogan e do seu AKP ao poder, há 20 anos, a oposição acreditou mesmo estar à beira de derrubar o “neo-sultão”. Só isso explica o caos das reacções à derrota, com inúmeras alegações de fraude não sustentadas, e as recriminações que se seguiram, com eleitores a responsabilizarem as vítimas do sismo de 6 de Fevereiro (por votarem no Presidente e no seu partido conservador-islamista) ou os sírios aos quais Erdogan teria concedido a nacionalidade para garantir votos – 200 mil, num universo de 64 milhões de eleitores.

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