Antes da primeira volta das presidenciais turcas de 14 de Maio, mais do que em qualquer eleição desde a chegada de Recep Tayyip Erdogan e do seu AKP ao poder, há 20 anos, a oposição acreditou mesmo estar à beira de derrubar o “neo-sultão”. Só isso explica o caos das reacções à derrota, com inúmeras alegações de fraude não sustentadas, e as recriminações que se seguiram, com eleitores a responsabilizarem as vítimas do sismo de 6 de Fevereiro (por votarem no Presidente e no seu partido conservador-islamista) ou os sírios aos quais Erdogan teria concedido a nacionalidade para garantir votos – 200 mil, num universo de 64 milhões de eleitores.
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