Pedro Nuno Santos fala sobre TAP na Comissão de Economia a 6 de Junho
A audição do ex-ministro das Infra-Estruturas chegou a estar marcada para 31 de Maio, mas a data foi alterada. Pedro Nuno Santos vai depois à CPI da TAP a 15 de Junho.
O ex-ministro das Infra-Estruturas Pedro Nuno Santos vai ser ouvido na Comissão Parlamentar de Economia sobre a privatização da TAP a 6 de Junho. Nove dias depois, o antecessor de João Galamba vai à comissão parlamentar de inquérito à TAP.
A data da audição de Pedro Nuno Santos na Comissão de Economia chegou a estar marcada para 31 de Maio, já na próxima semana, mas foi mudada, o que terá resultado do calendário de trabalhos da comissão.
Pedro Nuno Santos é uma das personalidades mais aguardadas nas duas comissões. Na Comissão Parlamentar de Economia, na qual o assunto é a privatização da companhia aérea, o ex-ministro poderá ter informações relevantes, já que foi sob a sua tutela que se soube que o Governo tinha enviado para o Ministério Público as conclusões da auditoria interna feita na TAP ao negócio da compra de aviões, que terá servido para ajudar a financiar a privatização da companhia aérea.
Já na comissão parlamentar de inquérito, Pedro Nuno Santos terá respostas para dar sobre o caso do pagamento da indemnização de 500 mil euros à ex-administradora da empresa Alexandra Reis. O ministro pediu a demissão do Governo depois de se saber que o seu secretário de Estado Hugo Mendes teve conhecimento do acordo fechado entre a TAP e a ex-administradora. A saída foi a 29 de Dezembro do ano passado, cinco dias depois da notícia do Correio da Manhã que deu origem a todas as polémicas que envolvem a TAP.
Quase um mês depois, o já então ex-ministro admitiu que, afinal, sabia também do acordo – e não apenas o seu secretário de Estado –, e tinha-o autorizado. O ministro poderá ainda ser questionado sobre a passagem de Alexandra Reis para a NAV, empresa cuja presidência assumiu em Julho de 2022, cinco meses depois de sair da TAP.
Além disso, o ministro poderá ainda ter de explicar o registo usado pelo seu secretário de Estado nas relações com a TAP, nomeadamente, quanto à pressão que Hugo Mendes exerceu sobre a ex-presidente executiva da TAP Christine Ourmières-Widener, para mudar um voo alegadamente para o Presidente da República.