A Turquia entre a ruptura e a continuidade

O que acontecerá se Erdogan perder a votação por uma reduzida margem de sufrágios? Irá aceitar os resultados com normalidade, ou irá contestá-los de uma forma que subverterá a lógica democrática?

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1. Há vinte anos, quando Recep Tayyip Erdogan e a sua força política, o conservador-islamista Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), chegaram ao poder, poucos anteciparam a forma como a Turquia iria ser transformada por esse acontecimento. Na altura, o Ocidente imaginou, ou quis imaginar, que a Turquia se iria europeizar, tal como outros Estados absorvidos pela União Europeia o tinham feito. O ímpeto reformador do AKP e a sua aproximação à União Europeia ajudaram a criar essa ideia. Com as suas lentes ocidentais, muitos viram o AKP de Erdogan como uma espécie de partido democrata-islâmico, comparável às democracias cristãs. Mas essa foi uma leitura equívoca da complexidade dos processos sociológico-políticos da Turquia, que não é (nunca foi) um Estado ocidental, nem culturalmente, nem politicamente.

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