Um esqueleto humano não é um objecto. Nem mesmo num museu

Nos museus portugueses há colecções que já foram pessoas. Ossos, cabelos e amostras de sangue reunidos pelas missões antropológicas, num tempo em que ciência perpetuava a violência colonial.

Foto
Universidade de Lisboa/Instituto de Investigação Científica Tropical
Ouça este artigo
00:00
14:15

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Os chefes das missões antropológicas eram médicos, mas médicos que se interessavam pela antropologia, a geografia, a arqueologia e até a ornitologia. Passavam meses no terreno a cada campanha, recolhendo dados entre os povos de diferentes etnias nas ex-colónias portuguesas. Eram cientistas, mas trabalhavam no quadro de um regime — o do Estado Novo — que se serviu de boa parte da informação que reuniram para acentuar as diferenças entre portugueses e africanos, entre brancos e não-brancos.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 2 comentários