“Sabes quantos meninos vi assim? Quantos Alans Kurdis tive nos braços?”

O médico Pietro Bartolo assistiu umas 250 mil pessoas, entre vítimas de naufrágios e desembarcadas na sua ilha. Tratá-las e dar o seu testemunho não chegou. Agora é eurodeputado.

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“Chamam-lhes clandestinos, refugiados, requerentes de asilo, imigrantes económicos, climáticos, fluxos… Já nem sabem o que lhes chamar”, diz Pietro Bartolo DR

Depois de uma vida passada em Lampedusa, a atender quem chega de barco à procura de “uma vida mais serena” e de “sobrevivência” numa Europa de portas fechadas, o médico Pietro Bartolo fez-se eurodeputado para tentar que o seu Mediterrâneo deixe de ser “um mar de morte” e volte a ser “uma ponte, um mar de encontro”. Teve de deixar a sua ilha porque não deixou de acreditar.

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