“É como se diz por aqui quando alguém bate à porta: primeiro, ‘Entre’, depois é que se pergunta ‘Quem é?’”. É a tradição hospitaleira destas terras, unidas pelo Alto Tâmega e Barroso em comunidade intermunicipal, nas palavras do primeiro secretário deste organismo, Ramiro Gonçalves, que parece incansável em desenhar com vales, montanhas e rios a identidade que os une. A ligar essa identidade, que é também feita da “arte da sobrevivência e da solidariedade”, leremos no Ecomuseu do Barroso, está “acima de tudo a água”. É pelos caminhos da água que vamos por terras de Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar. São 3000 km2 de mundos, um novo velho reino maravilhoso "torguiano", que tem o seu foco num turismo sustentável, um modelo agora em dilemas e lutas com a chegada de outras vontades de mineração, a desse novo ouro, o lítio. Enquanto isso, é tempo de pôr pés ao caminho para descobrir tesouros vitais destas terras.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.