Quando os livros, e não o céu, nos caem na cabeça
Nada nos garante ou prova que um leitor iniciado na adolescência em Raul Minh’Alma ou Chagas Freitas acabe na idade adulta, ou mesmo na velhice, a ler Velho da Costa ou Cardoso Pires.
Ao contrário do sucedido a Afonso Domingues – que, velho e cego e em jejum de três dias, confirmou a robustez da sua obra entregando a alma ao Criador na casa do capítulo sob a abóbada por ele projectada: “A abóbada não caiu… A abóbada não cairá!” terão sido as suas derradeiras e enfáticas palavras segundo nos conta Alexandre Herculano em Lendas e Narrativas –, eu levei mesmo com a estante em cima.
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