Não estranhem. É apenas o velho PS de Sócrates. Outra vez

O Portugal que hoje critica as tristes figuras de Galamba ou de Medina é o mesmo Portugal que tem mostrado uma complacência estapafúrdia para com a presença de antigos socratistas na esfera do poder.

Durante vários anos escrevi obsessivamente sobre a vergonha que era ter José Sócrates como primeiro-ministro, e durante outros tantos anos escrevi obsessivamente sobre a vergonha que era fingir que José Sócrates não tinha sido primeiro-ministro. O mantra de António Costa “à justiça o que é da justiça, à política o que é da política”, que ele repete incessantemente desde Novembro de 2014, teve como única função erguer uma cerca sanitária entre o PS e Sócrates, para depois Costa poder fingir que tudo o que se passou entre 2005 e 2011 – não apenas a corrupção, mas o atentado ao Estado de Direito, com a tentativa de controlo de empresas, banca, comunicação social, reguladores, justiça e serviços secretos – era responsabilidade de um único homem, e tinha sido feito sem a cumplicidade do Partido Socialista.

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