Reinaldo Ventura: “Estar numa final europeia é outra realidade”

A fase final a Liga dos Campões de hóquei em patins arranca esta quinta-feira em Viana do Castelo. Ao PÚBLICO, Reinaldo Ventura analisou as hipóteses dos seis clubes portugueses em prova.

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Fase final da Liga dos Campeões arranca esta quinta-feira com duelo entre Benfica e Porto LUSA/TIAGO PETINGA

A partir desta quinta-feira, e até ao próximo domingo, Viana do Castelo recebe a fase final da Liga dos Campeões de hóquei em patins, na qual os clubes portugueses estão em maioria. Ao Benfica, Sporting, FC Porto, Óquei de Barcelos, Oliveirense e Valongo, juntam-se os italianos do Trissino, campeões em título, e os espanhóis do Barcelona, clube que mais vezes conquistou a prova (20).

Depois de em 2022 alguns dos principais emblemas europeus disputarem um torneio privado na Corunha, a Golden Cup, esta temporada a Liga dos Campeões voltou a contar com os habituais participantes. À espreita de nova conquista europeia, depois do Sporting em 2019 e 2021, todos os emblemas nacionais qualificaram-se nos respectivos grupos.

Em conversa com o PÚBLICO, Reinaldo Ventura, antigo capitão da selecção portuguesa, explicou que “qualquer equipa terá uma palavra a dizer”, uma vez que “a maioria dos jogadores chega a este momento decisivo com muitos jogos nas pernas e um Mundial” disputado em Novembro.

No caso de FC Porto, Sporting e Barcelos, a prova europeia ressurge poucos dias depois da fase final da Taça de Portugal, conquistada pelo Sp. Tomar.

Analisando as equipas, Reinaldo Ventura nomeou Benfica, Sporting, FC Porto e Barcelona como principais candidatos a vencer a prova.

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E a competição começa em grande pois, já esta quinta-feira, o Benfica mede forças com o FC Porto, e o Barcelos defronta o Barcelona. Na sexta-feira, será a vez de a Oliveirense jogar com o Trissino, e o Sporting competir com o Valongo por um lugar nas meias-finais.

Desafiado a escolher o principal atleta dos seis clubes nacionais, Reinaldo Ventura destacou os portugueses Ângelo Girão (Sporting), Gonçalo Alves (FC Porto), Diogo Rafael (Benfica), Luís Querido (Barcelos), Jorge Silva (Oliveirense), e a dupla Nuno Santos e Francisco Silva (Valongo).

Equilíbrio financeiro aproximou portugueses e espanhóis

Desde 2016 que a final da prova europeia conta com equipas portuguesas. Porém, em seis edições, apenas o Benfica (2016) e o Sporting (2019 e 2021) conquistaram o troféu; a Oliveirense (2016 e 2017), o FC Porto (2018, 2019 e 2021) e o Valongo (2022) foram finalistas vencidos.

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Sporting foi a última equipa portuguesa a conquistar a Liga dos Campeões, em 2019 e 2021 D.R.

Reinaldo Ventura conhece o amargo sabor do segundo lugar europeu. Pelo FC Porto, entre 1997 e 2015, disputou oito finais, mas acabou sempre como vice-campeão, perdendo por cinco ocasiões com o Barcelona.

Para o antigo jogador, os catalães “eram mais equipa e ganhavam, por vezes pela qualidade, outras vezes com estrelinha de campeão. Estar numa final europeia é outra realidade, importa o momento, o estado físico e mental, mais do que outros factores externos”, realçou.

Rejeitando que a prova se trata de uma “maldição” para o FC Porto, que não a conquista desde 1990, o antigo internacional português voltou a sublinhar o equilíbrio entre os finalistas, uma vez que o “fosso” entre portugueses e espanhóis foi diminuído pelo “importante crescimento financeiro do hóquei nacional, que permite reunir alguns dos melhores jogadores do mundo”.

Por isso, Reinaldo Ventura garantiu que o campeonato nacional conta com os principais clubes da modalidade, factor que deve ser aproveitado para “trazer mais jovens à prática do hóquei”. Até porque, argumentou, a Argentina domina a produção de atletas, “um viveiro de talento, em resultado da paixão pela modalidade”.

Reinaldo Ventura, aos 44 anos, continua ligado ao hóquei em patins enquanto treinador, depois de pendurar os patins em 2022.

Após dois anos no comando técnico do Juventude de Viana, o antigo internacional português revelou que se prepara para um novo capítulo profissional. Novidades que revelará “no início da próxima época”.

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