Porto Femme mostra-se pela cidade e quer ser “mais do que um festival de cinema”

De 18 a 23 de Abril, o Porto Femme passa por vários espaços do Porto com sessões competitivas, mostras, workshops, debates e exposições.

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Housemaid #2 de Roxanne Stam DR

“Divulgar o trabalho das mulheres” e de pessoas não-binárias no cinema volta a ser o foco do Porto Femme, adianta Rita Capucho, co-organizadora do festival que sai da sala de cinema e se prolonga em conversas, exposições e workshops no Batalha Centro de Cinema, Casa Comum, Universidade Lusófona, Selina e Maus Hábitos.

Entre sessões competitivas, mostras e homenagens, a programação da 6.ª edição reúne 126 filmes de 41 países — 36 em estreia nacional e 21 em estreia internacional — que procuram reflectir e abrir a discussão em torno das temáticas sociais e políticas da mulher e das suas lutas.

O Porto Femme abre no Batalha Centro de Cinema a 18 de Abril, às 17h, com a exibição de dois filmes da competição internacional: Shadow of the Butterflies, uma co-produção luso-francesa de Sofia El Khyari e Vera Dreams of the Sea, da realizadora Kaltrina Krasnic. A cerimónia de abertura é mais tarde, às 21h15, também no Batalha, com o filme Housemaid #2, de Roxanne Stam, e um concerto one women show de Ana Lua Caiano.

Na sexta edição do festival, o Femme vai homenagear a actriz Adelaide Teixeira, reconhecida pelos papéis em filmes de Rodrigo Areias e Manoel de Oliveira, e a realizadora luso-sueca Solveig Nordlund, a 20 e 22 de Abril, respectivamente.

, de Margarida Vila-Nova, O meu desejo, de Inês Vieira, O Banho, de Maria Inês Gonçalves, Deep Breath, de Leonor Pacheco, Hotel Royal, de Salomé Lamas, See You Later Space Island, de Alice dos Reis, A Casa para guardar o tempo, de Joana Imaginário, Cassandra Bitter Tongue, de Ana Moreira, ou Novíssimas Cartas Portuguesas, de Irina Pampim e Cecília Honório, são alguns dos filmes de realizadoras portuguesas que vão estar na Competição Nacional.

Na quarta-feira, dia 12 de Abril, inaugura-se o “lado A” da exposição do festival, no Maus Hábitos, no Porto. Reflexos estende-se também ao Mira Artes Performativas, no dia 14 de Abril. A exposição colectiva conta com a participação de 43 artistas, com trabalhos de fotografia, videoarte, pintura, ilustração, escultura e instalação.

Fazem ainda parte do programa duas mostras especiais: o ciclo “Beyond Resilience” e “Focus on Iran Women, life, freedom!”, na Casa Comum, dedicado a realizadoras que abordam temas de exílio, violência sexual e feminismo. Também no edifício da Reitoria da Universidade do Porto, vai estar em exibição a obra integral de Maria Clara Escobar. A realizadora e poeta brasileira vai procurar aprofundar a ideia do "eu" e do "outro" no cinema num workshop na Universidade Fernando Pessoa nos dias 18, 19 e 21 de Abril. Há ainda um segundo workshop, no dia 22, sobre como preparar uma candidatura para concorrer a financiamento audiovisuais, na Casa das Associações do Porto, orientado por Andreia Nunes.

O festival termina a 23 de Abril no Batalha Centro de Cinema, com a atribuição de prémios aos filmes escolhidos pelos júris.

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