A quantos mais golpes autoinfligidos resiste o PS?
É a coisa pública que está aqui em causa e alguém anda com uma vontade doida de fazer disparar a votação no Chega. Cada novo dia no pântano não está certamente a favorecer o PS.
A curva descendente do Governo já começou há muito. Quando, na entrevista ao PÚBLICO e à RTP, o Presidente da República usa aquela expressão de “maioria requentada” foi um abrir de portas para aquilo que, na mesma entrevista, fez questão de frisar: continua a ter o poder de dissolução do Parlamento e pode usá-lo sem explicações. Jorge Sampaio arrumou com o governo Santana Lopes apenas com um substantivo plural sem qualquer adjectivo a acompanhar: “Episódios.” Se um dos poderes é a tal “bomba atómica” em que não precisa de se justificar, a demissão do primeiro-ministro já obriga a invocar o “irregular funcionamento das instituições”. Se o que andamos a saber esta semana sobre a TAP não nos remete para o “irregular funcionamento das instituições”, o que mais vai ser preciso?
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