A paz será quando a China quiser

Os resultados das visitas de Macron e Von der Leyen a Pequim eram previsíveis: o comércio reforça-se e o empenho chinês num processo de paz entre a Rússia e a Ucrânia é mera retórica.

A China não pode ignorar a Europa e vice-versa. Esta última é mais importante para o relançamento da economia chinesa do que qualquer relação privilegiada com a Rússia e é natural que Pequim olhe para Paris como um interlocutor capaz de reescrever o guião da relação entre o Ocidente e a China. As exportações da indústria automóvel alemã ou as vendas de aviões Airbus são negócios que pesam na balança do comércio e da diplomacia quando Bruxelas olha para Pequim. Não há forma mais lapidar de o exemplificar, como fez um diplomata francês, citado pelo The New York Times: “Somos um aliado dos americanos. Não somos equidistantes entre a China e os Estados Unidos. Mas não temos as mesmas posições em relação à China, porque não temos os mesmos interesses.”

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