Virgin Orbit pede insolvência após falhar lançamento de satélites

Empresa de Richard Branson não conseguiu novo financiamento de longo prazo após problemas detectados no foguetão que deveria lançar os primeiros satélites a partir da Europa.

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Avião modificado da Virgin Orbit (conhecido como Cosmic Girl) para transporte de foguetão lançado em Janeiro Reuters/HENRY NICHOLLS

A Virgin Orbit, de Richard Branson, avançou com um pedido de falência esta terça-feira, uma decisão que acontece depois de a empresa ter falhado a missão de colocar satélites no espaço, em Janeiro, por “anomalia” no foguetão. Após a operação frustrada de colocar nove satélites na órbita da terra, pele primeira vez a partir da Europa, a empresa tentou obter, sem sucesso, novo financiamento de longo prazo.

Com sede em Long Beach, Califórnia, a empresa entregou o pedido no Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito de Delaware, avança a Reuters.

A decisão acontece depois da forte desvalorização das acções e de em 15 de Março já ter anunciado a suspensão da actividade e ter avançado com o despedimento de cerca de 85% de 750 funcionários.

A Virgin Orbit foi criada em 2017, através da cisão de uma parte do negócio da Virgin Galactic, empresa de turismo espacial do grupo Virgin.

Em comunicado, Dan Hart, presidente executivo da empresa, justifica que nas circunstâncias actuais, o pedido de protecção de credores “representa o melhor caminho a seguir para identificar e finalizar a venda eficiente e maximizada dos activos”.

Ainda de acordo com a Reuters, os activos da Virgin Orbit estão avaliados em 243 milhões de dólares (perto de 224 milhões de euros ao câmbio actual), com dívidas de 153,5 milhões de dólares (cerca de 141 milhões de euros).

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