Não passa pela cabeça de ninguém dizer que Susana Gouveia, que trabalha há décadas na Cruz Vermelha e se dedica a questões como a da saúde mental dos refugiados, é uma socióloga disposta a fechar as portas aos imigrantes ou a pessoas que fogem da guerra ou da violência política. O seu conhecimento do terreno leva-a, ainda assim, a fazer perguntas indispensáveis como esta: “Qual a nossa capacidade de absorção destas pessoas, tanto a nível do mercado de trabalho como de uma habitação condigna por um preço razoável que lhes permita ter alguma qualidade de vida?”