Montenegro quer ganhar as europeias e diz que nunca ficará se não for desejado

Luís Montenegro terminou périplo por vários países europeus onde esteve com comunidades portuguesas.

Foto
Luís Montenegro disse esperar que as europeias abram caminho para as legislativas Rui Gaudencio

O presidente do PSD disse esta terça-feira querer ser o partido mais votado nas europeias de 2024, assegurando que saberá o que fazer se os resultados não forem os esperados e que nunca estará “onde as pessoas não desejam que esteja”.

Em Genebra, na Suíça, no último dia de um périplo de quase uma semana pelas comunidades portuguesas em vários países europeus, no âmbito da iniciativa Sentir Portugal, Luís Montenegro foi questionado qual a meta eleitoral para as eleições europeias do próximo ano.

“O primeiro objectivo: queremos ter mais votos do que qualquer outro partido e, em função disso, queremos reforçar a nossa representação no Parlamento Europeu”, disse.

Questionado se retirará consequências políticas, caso tal não aconteça, respondeu: “Farei o meu trabalho até à última gota de suor e de esforço que for capaz e responderei pelos resultados”.

“Eu nunca estarei nos sítios onde as pessoas não desejam que eu esteja, eu não sou daqueles que perde e quer ainda assim governar à força, esse tipo de postura política não é para mim”, assegurou.

Luís Montenegro recordou que foi eleito para um mandato de dois anos, que tem várias vertentes, uma das quais os resultados eleitorais.

“Se forem resultados que abram a esperança de o PSD ganhar eleições legislativas – que é para isso que aqui estou e para ser primeiro-ministro -, eu prossigo. Se isso não acontecer, nessa altura os portugueses não precisarão – e muito menos os militantes do PSD – de me dizer o que devo fazer, porque sei muitíssimo bem o que devo fazer”, disse, deixando implícito que deixaria a presidência do partido.

No final desta edição da iniciativa “Sentir Portugal”, Montenegro salientou que “até a partir das comunidades se pode verificar a força que o PSD tem junto dos portugueses”.

“Quero reiterar que não há portugueses de primeira ou de segunda, felizmente estamos a recuperar a nossa relação de cumplicidade quer com o território nacional, quer com a diáspora”, defendeu.

O périplo arrancou na quarta-feira e levou Luís Montenegro a Bruxelas, Dusseldorf (Alemanha), Luxemburgo, Paris e hoje Genebra (Suíça).

No balanço da semana, o presidente do PSD considerou-a muto enriquecedora e disse ter conhecido “muitos bons exemplos” de pessoas que emigraram numa situação de alguma dificuldade, mas, “fruto do seu mérito e do seu espírito de sacrifício”, hoje têm uma boa situação nos países onde vivem.

“Vimos também muitos jovens qualificados que não encontraram uma solução capaz de os acolher no mercado de trabalho em Portugal, uma circunstância que se tem agravado nos últimos anos, fruto do ciclo de empobrecimento que estamos a viver em Portugal e que tem sido completamente negligenciado por este Governo”, criticou.

Em alternativa, o líder do PSD disse querer um país “mas ambicioso, positivo, com mais esperança”, e que possa, por um lado “reter talento e conhecimento” e, por outro, “fazer regressar muitos destes jovens portugueses que podem e devem ser uma alavanca do crescimento da sociedade e da economia portuguesas”.

Esta foi a sétima edição da iniciativa “Sentir Portugal”, um compromisso assumido por Luís Montenegro no 40.º Congresso do PSD de passar uma semana por mês nos diferentes distritos do país, e em que também previa passagens pela diáspora portuguesa. Em Abril, será dedicada a Lisboa.