Avaliação bancária das casas caiu sete euros por metro quadrado
Pedidos de avaliação caíram para 20 mil, menos 29,2% face a Fevereiro de 2022 e menos 38,7% face ao máximo verificado em Maio último.
O número de novos pedidos de crédito à habitação está a cair de forma significativa em Fevereiro, e o valor de avaliação dos imóveis também dá sinais de arrefecimento, ainda que muito ligeiro. O valor mediano de avaliação bancária para efeitos de crédito à habitação fixou-se em Fevereiro em 1478 euros por metro quadrado, menos sete euros, ou 0,5%, que em Janeiro, revelou, esta segunda-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE)
Em termos de variação em cadeia, o valor da avaliação bancária não caía desde Outubro de 2022. Em termos homólogos, a taxa de variação ainda é de forte crescimento, de 12,5%, mas abaixo dos 14,9% verificados no mês anterior.
Bem mais expressiva é a queda do número de avaliações bancárias, que ascendeu a cerca de 20 mil, o que representa uma redução de 29,2% face mesmo período do ano anterior e menos 38,7% que em Maio último, mês em que se registou o máximo da série, destaca o INE.
A forte subida das taxas Euribor e o preço elevado dos imóveis estão a travar o acesso a novos empréstimos, ou a desviar as compras para imóveis mais baratos.
Em termos de valores de avaliação, feita por peritos avaliadores, o único aumento face ao mês anterior verificou-se na região do Alentejo (0,7%), e a maior descida na zona Centro (-1,1%).
Por tipologias, o valor mediano dos apartamentos, que representaram 77% das avaliações totais, fixou-se em 1662 euros por metro quadrado, menos 0,6% face a Janeiro, e mais 13,7% relativamente a Fevereiro de 2022.
Face ao mês anterior, a única subida verificou-se no Alentejo (1,5%) e a Região Autónoma dos Açores registou a descida mais intensa (-7,3%). Em termos homólogos, os valores mais elevados foram observados no Algarve (2082 euros) e na Área Metropolitana de Lisboa (1987 euros), tendo o Alentejo registado o valor mais baixo (1083 euros).
No segmento das moradias, o valor mediano fixou-se em 1147 euros por metro quadrado, o que representa uma queda de 0,4% em relação a Janeiro, e um acréscimo de 9,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Comparativamente com o mês anterior, o Alentejo apresentou o maior crescimento (1,7%) e e a zona Centro a maior descida (-2,9%). Em termos homólogos, os valores mais elevados observaram-se no Algarve (2091 euros) e na Área Metropolitana de Lisboa (1972 euros), tendo o Centro e o Alentejo registado os valores mais baixos (922 euros e 982 euros, respectivamente).
O Algarve e a Região Autónoma da Madeira apresentaram o maior crescimento homólogo (14,3%) e o menor ocorreu no Centro (5,4%).