MotoGP: bandeiras vermelhas agitam Portimão
Pol Espargaró, com fractura de vértebra e maxilar, foi transportado de helicóptero ao Hospital de Faro.
Duas bandeiras vermelhas marcaram a segunda sessão de treinos do Grande Prémio de Portugal, que registou quedas mais ou menos aparatosas, como aquelas em que se viram envolvidos o português Miguel Oliveira e os espanhóis Marc Márquez (Honda) e Pol Espargaró (GasGas Tech3).
A primeira interrupção deveu-se a questões técnicas, sem consequências de maior. A segunda paragem foi provocada pelo acidente de Espargaró, quando o irmão Aleix (Aprilia) liderava a tabela de tempos. Pol Espargaró seguia na roda de Miguel Oliveira quando caiu sozinho na curva 10, tendo sido atingido pela própria moto ao entrar na gravilha.
Depois de ter sido assistido na pista e transportado de ambulância para o centro médico do circuito, Espargaró foi retirado de helicóptero e levado ao Hospital de Faro, onde diagnosticado com fractura de vértebra dorsal, do maxilar e contusão pulmonar.
O incidente mereceu críticas do campeão do mundo Francesco Bagnaia (Ducati), que pediu alterações na segurança do circuito, alertando para o impacto da gravilha, questão que insiste em levar à comissão de segurança.
“Sem esta gravilha, o acidente não provocaria uma bandeira vermelha. Podia ser uma queda forte, mas não uma bandeira vermelha”, vincou, justificando-se.
“Quando o Pol tocou a gravilha, começou a acelerar. Julgo que as barreiras de ar são mais pequenas ou nem estavam lá”, denunciou, lembrando que os pilotos andam há quatro anos “a pedir para melhorar as condições da pista”, especialmente da gravilha, apesar de “nada ter mudado”. Bagnaia acredita que ainda pode ser feito algo a tempo do Grande Prémio, pois o problema está identificado.
“É forçoso melhorar para o próximo ano, mas ainda podem ser colocadas mais barreiras este fim-de-semana”, reforçou, depois de fazer o terceiro melhor tempo, a 0,147s da KTM de Jack Miller e a 0,110s de Maverick Viñales (Aprilia) numa sessão em que o australiano da KTM bateu o recorde da pista portuguesa.