Nuno Borges transformou o azar de ter de defrontar, na estreia, o segundo tenista mais cotado do Arizona Tennis Classic numa oportunidade para obter o melhor resultado de sempre, tendo em conta o ranking do adversário. E, ao fim de hora e meia, o número um português saiu do court central com uma memorável vitória sobre Diego Schwartzman, actual 38.º na tabela ATP.

“Foi um jogo muito desgastante e senti que me aguentei bem do início ao fim do jogo. Servi bem e fui agressivo quando foi necessário e consegui manter o nível em quase todo o encontro. Podia ter aproveitado melhor nos jogos de resposta, mas ele obriga também a que se tenha de merecer todos os pontos”, resumiu Borges (80.º), depois de derrotar o argentino, por 7-5, 6-3.

Schwartzman, ex-número oito mundial, semifinalista de Roland Garros e finalista do Masters 1000 de Roma, em 2020, atravessa um momento menos bom, em contraste com o tenista maiato de 26 anos, que figura no seu melhor ranking de sempre. “A verdade é que sentia que podia ganhar e, assim que entro em campo, jogo para vencer. Tentei não pensar no que se passa com ele, mas sim com o meu jogo, porque sabia que tinha de estar no meu melhor. Sabia que ele não estava no melhor momento de confiança, mas não joguei de forma diferente por causa disso”, afirmou.

Até chegar a Phoenix, a melhor vitória de Borges tinha sido alcançada, no ano passado, frente ao espanhol Albert Ramos-Vinolas, então no 40.º posto do ranking. Agora, “é uma motivação extra para continuar a trabalhar e à procura de melhorar a cada jogo”. O próximo, na segunda ronda deste Challenger 175, será frente ao vencedor do encontro entre o russo Roman Safiulin (113.º) e o espanhol Pedro Martínez (120.º).

Em Indian Wells, Carlos Alcaraz (2.º) avançou para os quartos-de-final do BNP Paribas Open, após ver o britânico Jack Draper (56.º) abandonar no segundo set. O espanhol vencia, por 6-2, 2-0, quando Draper cedeu à lesão abdominal, contraída na véspera no duelo com Andy Murray. Alcaraz defronta agora Felix Auger-Aliassime (10.º), que salvou seis match-points para ultrapassar Tommy Paul (19.º), com os parciais de 3-6, 6-3 e 7-6 (8/6).

Daniil Medvedev (6.º) sobreviveu a uma forte entorse e ao alemão Alexander Zverev (14.º) para seguir em frente, mas só ao fim de três horas e 17 minutos de jogo: 6-7 (5/7), 7-6 (7/5) e 7-5. O russo salvou os 10 break-points que enfrentou na segunda partida, que venceu no tie-break - durante o qual fez um passing-shot com um smash do fundo do court - e desperdiçou um match-point quando serviu a 5-4, no set decisivo, antes de concluir o encontro com 40 winners. Mas só depois de fazer exames ao tornozelo direito é que Medvedev decidirá se irá defrontar Alejandro Davidovic-Fokina (28.º).

Jannik Sinner (13.º) conseguiu anular oito dos nove break-points que enfrentou para derrotar Stan Wawrinka (100.º) num encontro muito mais equilibrados do que os parciais de 6-1, 6-4 deixam transparecer. Nos “quartos”, o italiano defronta Taylor Fritz (5.º).

Nas meias-finais está já Frances Tiafoe (16.º) que se vai estrear nesta fase de um torneio da categoria Masters 1000, após vencer o britânico Cameron Norrie (12.º), com um duplo 6-4. Tiafoe ainda não perdeu um set em Indian Wells e somou a primeira vitória sobre um top 20 em 2023, ao ultrapassar Norrie, que tinha eliminado na véspera Andrey Rublev (7.º) em dois sets (6-2, 6-4).