Marrocos junta-se a Portugal e Espanha para receber Mundial 2030

O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo ministro dos Desportos de Marrocos, durante o congresso da FIFA.

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Depois do anúncio da entrada da Ucrânia, é a vez de Marrocos se juntar à candidatura ibérica Reuters/DENIS BALIBOUSE

A candidatura ibérica à organização do Campeonato do Mundo de futebol de 2030 vai contar com um novo "parceiro". Nesta terça-feira, o ministro da Educação e dos Desportos de Marrocos, Chakib Benmoussa, anunciou, durante o Congresso da FIFA, que decorre no Ruanda, que o país vai juntar-se a Portugal e Espanha na proposta para acolher o torneio.

"Esta candidatura conjunta, que não tem precedentes na história do futebol, irá juntar África e a Europa, o norte e o sul do Mediterrâneo, mas também os mundos africano, árabe e euro-mediterrâneo. Irá também mostrar o que de melhor há em nós, com uma combinação de genialidade, criatividade, experiência e meios", afirmou, durante a reunião.

O governante marroquino vem confirmar aquilo que, até agora, não passava de uma hipótese comentada nos bastidores do futebol e veiculada por alguma imprensa. Face à suspensão do presidente da Federação de Futebol da Ucrânia, Andrii Pavelko, suspeito de corrupção, a parceria com a Ucrânia tem sido posta em causa e as duas nações ibéricas encontraram na "vizinha" federação de Marrocos um novo aliado na candidatura.

No dia em que a FIFA confirmou um calendário mais preenchido (104 jogos) no Mundial, já a partir da edição de 2026, o novo caderno de encargos do torneio poderá, assim, ser mais facilmente distribuído por três nações (ou quatro, dado que não é ainda oficial a retirada da Ucrânia). É que, com 48 selecções em prova, ao invés das habituais 32, as exigências logísticas vão disparar.

Para Marrocos, esta será a sexta tentativa de organizar a competição, tendo a federação aproveitado o bom momento desportivo da selecção, que atingiu as meias-finais no Mundial do Qatar, para renovar o interesse em acolher a prova. Por outro lado, a concorrência directa também prevê propostas conjuntas (Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, para além de uma provável parceria entre Arábia Saudita, Egipto e Grécia), pelo que, ao juntar-se à candidatura europeia, a federação marroquina fortalece a sua posição.

Representantes da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) vão reunir-se na quarta-feira com dirigentes das homólogas espanhola e marroquina, em Kigali, para discutir o tema, sendo que, segundo fonte do organismo, será então comunicada "qualquer novidade" acerca desta candidatura.

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