Segurança Social será implacável com maus tratos a idosos, diz ministra

Ana Mendes Godinho disse que o Instituto de Segurança Social “tem estado a acompanhar as várias situações” de alegados maus tratos a idosos residentes em lares.

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Recentemente um lar clandestino, em Palmela, foi fechado por suspeita de negligencia e maus tratos de pessoas idosas Rui Gaudencio

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social garantiu esta terça-feira que a Segurança Social será “completamente implacável” nos casos de maus tratos a idosos em lares, destacando o investimento que está a ser feito na requalificação de respostas sociais.

De acordo com Ana Mendes Godinho, o Instituto de Segurança Social “tem estado a acompanhar as várias situações” que foram noticiadas recentemente sobre alegados maus tratos a idosos residentes em lares, desde o “O Lar do Comércio”, em Matosinhos, o Lar Delicado Raminho, na Lourinhã, ou um lar clandestino em Palmela.

[A“ Segurança Social] tem essa missão de ser completamente implacável quando haja situações que sejam inaceitáveis do ponto de vista de protecção das pessoas”, disse a ministra aos jornalistas, quando visitava as obras da nova Unidade Social Integrada da Portela da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP).

Esta nova infra-estrutura tem financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e irá reforçar a oferta social com a criação de 59 vagas em estrutura residencial para idosos e outras 80 vagas em serviço de apoio domiciliário.

Ana Mendes Godinho aproveitou para destacar que este tipo de investimento é também uma preocupação da Segurança Social, tanto ao nível de requalificação das respostas existentes como na criação de novas respostas sociais, à semelhança do que está a ser feito na Portela, Loures. A ministra destacou que se trata de uma resposta que irá promover a autonomia e a independência das pessoas mais velhas.

Questionada sobre a evolução do número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), Ana Mendes Godinho destacou que é o mais baixo desde 2006 e que reflecte a evolução da taxa de desemprego no país, apontando que, se há “números de emprego muito altos”, o RSI acompanha essa tendência com o decréscimo no número de pessoa que recebem a prestação social.

O Jornal de Notícias noticia esta terça-feira que em Janeiro havia 195.545 beneficiários do RSI em Portugal, o número mais baixo em 17 anos, numa série em que o registo mais elevado se deu em Março de 2010, com mais de 404 mil beneficiários.