Como criar uma minifloresta? Passo 7: prepara o terreno

Durante 12 dias, o Azul vai mostrar, passo a passo, como criar uma minifloresta. O projecto foi pensado para inspirar as escolas, mas pode ser uma “semente” lançada em qualquer lugar.

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O fruto do medronheiro é utilizado na produção de aguardente Renata Reynaud

Concluídos os três passos do segundo capítulo, passamos para uma nova fase onde vais por em prática o conhecimento e a preparação que adquiriste até agora. Esta nova etapa chama-se Implementa e Conecta, e o primeiro passo é preparar o terreno.

Porquê?

Do sonho à acção! É nesta tarefa que vamos começar a germinar a minifloresta.

O objectivo é preparar o terreno para receber as plantas e, assim, garantir ao máximo a sua sobrevivência e crescimento. Divide-se em quatro passos: mondar, mobilizar, enriquecer e cobrir.

A monda pretende reduzir ou eliminar as espécies invasoras, reduzindo a competição sobre as novas plantas, a grande maioria muito jovens. A mobilização de terra promove a retenção máxima de água no terreno. O composto enriquece o solo, promovendo o crescimento das plantas e dos microrganismos durante os primeiros anos. A manta-morta simula o efeito das folhas no solo da floresta, protege da radiação solar directa, que elimina vida bacteriana, e reduz a evaporação e a perda de água.

Como?

1) Mondar as plantas indesejadas:

Sendo um relvado, retira e faz compostagem dos primeiros 15 cm de solo. Se existir tempo, podes cobrir o relvado durante uns meses com uma lona que irá “abafar” as ervas e deixará o terreno limpo (monda térmica ou solar);

Caso seja um prado com diferentes espécies, mas algumas invasoras, tenta ao máximo retirá-las manualmente.

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Fruto do medronheiro Renata Reynaud

2) Mobilizar o solo:

De acordo com o design do espaço, cava as valas em curva de nível (mínimo 30 cm de profundidade). Também podes utilizar troncos como base para os swales e para implementar outros elementos permanentes, como charcos temporários, ou delinear os caminhos;

3) Enriquecer o solo:

Coloca 10 cm de composto em toda a área de plantação. Por exemplo, para uma área de 300 m2, irás precisar de 30 m3 de composto. Procura o composto em entidades responsáveis pela valorização e tratamento de resíduos urbanos perto de ti;

4) Cobrir com manta-morta:

Cobre cada metro quadrado de área plantável com 0,20 m de manta-morta (20 cm de altura, no mínimo). Podes colocar cartão por cima dos swales, antes da manta-morta, para atrasar o crescimento de espécies já existentes que irão competir com as novas plantas.

Recursos:

  • Ferramentas: Enxadas, pás e carrinho(s)-de-mão.
  • Materiais: Composto, manta-morta e troncos.

Atenção! Esta tarefa é muito importante para criar a conexão social ao espaço, visto que a sua transformação envolve bastante esforço e tempo!


Este guia foi promovido pela ONGD VIDA, no âmbito do projecto “1Planet4All – Empowering youth, living EU values, tackling climate change” com o financiamento da União Europeia (DEAR Programme) e do Camões, I.P. Facilitado pela 2adapt, em colaboração com Laboratório Vivo para a Sustentabilidade (FCUL), HortaFCUL, Escola Secundária Alfredo dos Reis Silveira, Instituto dos Pupilos do Exército, URBEM, TOMA