As celebrações italianas do Dia Internacional da Mulher esta quarta-feira correm o risco de ser estragadas por uma seca que afectou a produção das flores amarelas da mimosa que são tradicionalmente oferecidas às mulheres nesta data.
A colheita de mimosas caiu um terço, com uma queda da precipitação e temperaturas mais elevadas a obrigar os agricultores a juntar os galhos antes do tempo, disse a associação agrícola Coldiretti numa declaração.
Além disso, os custos de energia mais elevados devido à guerra na Ucrânia tornaram o armazenamento das flores perfumadas em frigoríficos muito mais caro, adiantou o grupo.
Por outro lado, a escassa oferta de mimosas fez subir os preços, disse Coldiretti, com grandes ramos à venda por mais de 20 euros. Esta situação, por sua vez, levou a um aumento acentuado dos roubos das flores das quintas por pessoas menos abastadas determinadas a não desapontar as mulheres.
As mimosas, introduzidas pela primeira vez em Itália no século XIX, foram escolhidas como o símbolo do país do Dia Internacional da Mulher em 1946, o ano após o fim da Segunda Guerra Mundial. A escolha foi feita por dois membros de uma organização anti-fascista para encarnar a força, energia e perseverança das mulheres.
A primeira celebração registada do Dia Internacional da Mulher foi em 1911 na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça, quando mais de um milhão de pessoas se reuniram para apoiar os direitos da mulher.
As várias semanas de tempo seco no início de 2023 têm levantado a preocupação de que a Itália enfrentará mais uma situação de emergência no Verão, pelo segundo ano consecutivo.