Pichardo revalida título europeu indoor no triplo salto
Triplista português dominou o concurso, em Istambul, do princípio ao fim, e estabeleceu a melhor marca mundial do ano.
Pedro Pablo Pichardo não sentiu especiais dificuldades para renovar, nesta sexta-feira, o título europeu do triplo salto em pista coberta. Em Istambul, onde decorrem os campeonatos até domingo, o atleta português saltou 17,60m e conquistou a quinta medalha de ouro por Portugal em grandes provas internacionais.
A facilidade com que Pichardo se qualificara para a final já era um indicador fiável da diferença face à concorrência directa. Em condições normais, sem uma limitação física de última hora, o triplista português tinha todas as condições para chegar ao ouro com naturalidade e foi isso mesmo que aconteceu.
Ao primeiro ensaio, o actual campeão olímpico da especialidade conseguiu 17,26m, menos do que os 17,48m que tinha obtido na meia-final, o suficiente para liderar desde logo o concurso. A sua superioridade era evidente (tinha mais de um metro de margem face ao segundo) e abdicou do segundo salto.
Na terceira ronda, atrasou um pouco a chamada na parte final da corrida, mas ainda foi a tempo de elevar a fasquia para os 17,60m, a melhor marca mundial do ano e recorde português em pista coberta. Com o triunfo na mão, voltou a abdicar da quarta e quinta tentativas, para encerrar a participação com um nulo.
Contas feitas, Pedro Pablo Pichardo soma agora cinco medalhas de ouro com a bandeira portuguesa, duas em Europeus de pista coberta, uma no Europeu ao ar livre (2022), outra no Mundial (2022) e uma nos Jogos Olímpicos (2021).
"O objectivo era tentar fazer um salto já grande, um bom salto. Infelizmente foi nulo e não seria tão grande quanto esperava. Vamos tentar agora no Verão fazer um bom resultado", realçou o vencedor, mostrando-se feliz pelo título. "O objectivo eram três saltos, tentar ganhar, e depois ver se conseguia um grande salto".
O outro representante português em prova, Tiago Pereira, começou com um salto interessante, a 16,29m, melhorando depois três centímetros e, mais tarde, chegando aos 16,51m durante o concurso. Uma marca que não ficou longe dos 16,65m que apresenta como recorde pessoal, que significa o melhor registo do ano para o lisboeta e que lhe valeu o quarto lugar final em Istambul.
No segundo lugar ficou o grego Nikolaus Andrikopoulos, com 16,58m, enquanto o alemão Max Hess fechou o pódio, a um centímetro apenas do segundo (16,57m).