Taxa de juro dos depósitos com maior subida em 11 anos para 0,56%

Portugal deixou de estar no fim da lista, mas taxa média dos depósitos está muito longe da zona euro (1,64%).

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Juro dos depósitos em alta Ricardo Lopes

Em Janeiro, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares aumentou para 0,56% (0,35% em Dezembro), a maior subida em 11 anos, avançou nesta sexta-feira o Banco de Portugal. Os bancos têm vido a melhorar a oferta de depósitos, embora ainda de forma pontual, e com várias limitações em relação a montantes ou a outras condições.

Com a subida verificada no início do ano, “Portugal deixou de ser o país da área do euro com a taxa de juro de novos depósitos mais baixa, mas permanece abaixo da média (1,64% em Janeiro)”, refere o supervisor.

Na prática, Portugal avançou para a quarta posição, ficando acima da Croácia, de Chipre e da Grécia.

Além de estar muito longe da média da zona euro, está ainda mais longe das médias de França (2,37%), de Itália (2,12%) ou mesmo da Alemanha (1,75%).

A taxa de juro média dos depósitos em Portugal foi particularmente influenciada pelos novos depósitos com prazo de um a dois anos, que foram remunerados a uma taxa de juro média de 1,13% (1% em Dezembro) e corresponderam a 19% do montante de novos depósitos em Janeiro (8% em Dezembro).

O montante de novos depósitos a prazo foi de 5727 milhões de euros, ligeiramente acima dos 5156 milhões em Dezembro.

A ligeira subida de novos depósitos acontece no mesmo mês em que se verificou a maior queda nos depósitos bancários desde 1979: o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes diminuiu 2,5 mil milhões de euros face a Dezembro de 2022, totalizando 179,9 mil milhões de euros no final do mês, segundo dados divulgados pelo BdP, que faz questão de salientar que se trata “da maior redução de depósitos de particulares desde o início da série estatística”.

O levantamento de depósitos antigos é explicado pelo aumento de subscrições de Certificados de Aforro e, seguramente, pelo aumento das amortizações de crédito à habitação, bem como pelo aumento do custo de vida decorrente da inflação.

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