Plano de mobilidade para a JMJ será apresentado até final de Março

Ministra adjunta calcula a presença de um milhão e meio a dois milhões de pessoas na Jornada Mundial da Juventude. Já estão inscritos 495 mil peregrinos.

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Ana Catarina Mendes Nelson Garrido

Ana Catarina Mendes, ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares, assegurou nesta terça-feira que o plano de mobilidade para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) “será apresentado até ao final do mês de Março”. Já sobre o plano de segurança diz estar “em fase avançada”. Sobre o de saúde afirmou não ter para já detalhes.

Sobre o plano de mobilidade assegurou desde já “que irá haver um reforço dos transportes públicos”. Disse também estar a ser equacionada a criação de um passe de transportes especial, “mais barato” do que comprar um bilhete todos os dias durante a realização da JMJ, para os participantes na jornada.

Chamada a comissão parlamentar da Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local, por requerimento do Chega, Ana Catarina Mendes começou por salientar a importância do evento para o país, calculando que Portugal possa receber “até dois milhões de pessoas” no âmbito da JMJ, que decorrerá em Lisboa de 1 a 6 de Agosto deste ano.

A ministra, que tem no Governo a responsabilidade pela JMJ, fez também questão de corrigir “algumas imprecisões” que tem ouvido. A primeira prendeu-se com quanto vai gastar o Estado com a jornada, assegurando que “o investimento é até 26 milhões de euros”.

Destes, acrescentou, seis milhões destinam-se à remoção dos contentores existentes no Parque do Trancão, revelando que “o último foi retirado hoje [esta terça-feira].

Esclareceu também que, apesar do Orçamento do Estado prever que possam ser feitos ajustes directos com empresas para a realização da JMJ, o Tribunal de Contas fiscalizará todos os contratos.

Ana Catarina Mendes revelou ainda que até esta terça-feira estavam inscritos na jornada 495 mil peregrinos e que, numa parceria entre o Governo e o Turismo de Portugal, a RTP irá realizar 30 filmes sobre o nosso país para serem exibidos durante a jornada.

Questionada várias vezes sobre as razões para o contrato do coordenador do grupo de projecto para a JMJ, José Sá Fernandes, nomeado pelo Governo, se prolongar até ao final de 2004, Ana Catarina Mendes afirmou que, entre outras razões, tal se deve à requalificação da zona após o evento. “Estas coisas demoram e é preciso prestar contas”, acrescentou. Não esclareceu, porém, se os ordenados mensais dos membros do gabinete rondam os 30 mil euros, como tem sido noticiado.

A JMJ, considerada o maior acontecimento da Igreja Católica, vai realizar-se este ano em Lisboa, entre 1 e 6 de Agosto. O Papa Francisco é esperado em Lisboa para participar na JMJ, tendo previstas várias celebrações, entre as quais a Via-Sacra, uma vigília e a missa final.

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