Rússia está a “analisar ao pormenor” proposta da China para a Ucrânia

Numa reacção à proposta do Governo chinês, nesta segunda-feira, o porta-voz do Kremlin disse que quaisquer iniciativas que possam aproximar a paz são “dignas de atenção”.

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Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin EPA/SERGEI KARPUKHIN

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, fez nesta segunda-feira um comentário genérico sobre as possibilidades de sucesso de uma proposta da China com vista ao fim da guerra na Ucrânia. Segundo Peskov, o plano chinês "deve ser analisado ao pormenor", tal como "todas as iniciativas que possam levar à paz".

A China, que declarou uma "aliança sem limites" com a Rússia pouco antes de Moscovo ter lançado a invasão da Ucrânia, em Fevereiro de 2022, pediu um cessar-fogo abrangente na Ucrânia, na sexta-feira, divulgando o seu próprio plano de paz.

No documento, Pequim exorta ambos os lados a concordarem com uma redução gradual da escalada e adverte contra o uso de armas nucleares.

Numa reacção à proposta do Governo chinês, nesta segunda-feira, Peskov disse que quaisquer iniciativas que possam aproximar a paz são "dignas de atenção".

"Estamos a prestar muita atenção ao plano dos nossos amigos chineses", disse Peskov. "Claro, os detalhes têm de ser minuciosamente analisados, levando em conta os interesses de todos os lados. Este é um processo muito longo e intenso."

O mesmo responsável frisou que a Rússia continua a levar a cabo aquilo a que chama de "operação militar especial" na Ucrânia e que, por enquanto, não vê nenhum sinal que aponte para uma resolução pacífica.

Peskov recusou-se a comentar as notícias, nos Estados Unidos, de que a China admite o envio de armas — principalmente drones suicidas — para a Rússia.

No fim-de-semana, na reunião das principais economias do mundo (o G20), a China voltou a abster-se de condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia.

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