Ficar com a chave da casa? Nem pensar

Em comparação com outros países, incluindo muitos de matriz liberal, o Estado português possui pouca habitação social e acessível, e gasta pouco nos apoios às famílias em temas de habitação.

“Não começámos pelo telhado” – afirmava há dias o senhor primeiro-ministro em artigo de opinião publicado neste jornal. Nesse artigo, alegava-se que a habitação sempre fora prioridade do seu Governo e que o próprio António Costa havia proposto, logo em 2014, antes ainda de ter formado Governo, uma Nova Geração de Políticas da Habitação. Infelizmente, constatara-se que a realidade no terreno era adversa, “após década e meia em que as políticas públicas se limitaram à fé na liberalização dos arrendamentos e nas baixas taxas de juro” (!), e o caminho revelara-se mais difícil do que antecipado. Mas graças ao (seu) “trabalho de formiga”, garantia o primeiro-ministro, “iremos alcançar resultados no médio/longo prazo”.

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