Depois do “furioso ano de invencibilidade”, Zelensky lança um ano “de vitória” contra a Rússia

Presidente ucraniano assinala aniversário da invasão russa da Ucrânia com discurso optimista e homenagens ao Exército e às vítimas da guerra. Vai participar numa reunião por videoconferência com o G7.

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Presidente ucraniano numa cerimónia militar em Kiev EPA/PRESIDENTIAL PRESS SERVICE HANDOUT HANDOUT

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinalou esta sexta-feira o aniversário da invasão da Rússia à Ucrânia, com uma série de discursos e homenagens, através da televisão, da Internet ou, presencialmente, em Kiev, que incluíram a garantia de que o segundo ano do conflito será aquele em que o seu país vai “fazer tudo o que for possível” para derrotar e expulsar as tropas russas do território.

“Resistimos a todas as ameaças, a bombardeamentos, a bombas de fragmentação, a mísseis de cruzeiro, a drones kamikaze, a apagões e ao frio. Somos mais fortes do que isso”, elogiou, num discurso gravado, divulgado às primeiras horas da manhã.

“Foi um ano de resiliência. Um ano de assistência. Um ano de bravura. Um ano de dor. Um ano de esperança. Um ano de resistência. Um ano de unidade. O ano de invencibilidade. O furioso ano da invencibilidade”, elencou. “Não fomos derrotados. E vamos fazer tudo o que foi possível para alcançar a vitória neste ano!”

Recordando o dia 24 de Fevereiro do ano passado como “mais longo” da vida dos ucranianos e como o “mais difícil” da “história moderna” da Ucrânia, Zelensky prestou homenagem ao povo ucraniano, às vítimas civis e militares do conflito, aos vários ramos das Forças Armadas e das equipas de segurança do país e aos aliados internacionais de Kiev.

“O mundo viu aquilo que a Ucrânia é capaz. São os novos heróis: os defensores de Kiev, os defensores de Azovstal (...). Kharkiv, Tcherniguiv, Mariupol, Kherson, Mikolaiv, Gostomel, Volnovakha, Bucha, Irpin, Okhtirka. Cidades de heróis. Capitais da invencibilidade”, elogiou Zelensky.

“A Ucrânia inspirou o mundo. A Ucrânia uniu o mundo. Há milhares de palavras para o demonstrar, mas há umas poucas que são suficientes: HIMARS, Patriot, Abrams, IRIS-T, Challenger, NASAMS, Leopard”, disse o Presidente, referindo os diferentes modelos de sistemas de defesa antiaéreos, de tanques, de carros de combate e de outro tipo de armamento que foram fornecidos à Ucrânia para se defender da invasão russa.

“Agradeço a todos nos nossos parceiros, aliados e amigos que nos apoiaram durante o ano. Estou satisfeito por a coligação internacional anti-Putin ter crescido tanto que exige um discurso separado”, celebrou Zelensky.

O chefe de Estado ucraniano garantiu ainda que a Ucrânia “nunca descansará até que os assassinos russos sejam punidos”, seja “por um tribunal internacional, pelo julgamento de Deus ou pelos nossos soldados”. “Nunca lhes vamos perdoar”, assegurou.

Volodymyr Zelensky participou depois numa cerimónia de homenagem aos soldados caídos e aos seus familiares na praça de Santa Sofia, em Kiev. A cerimónia contou com a participação de diplomatas de diversos países aliados da Ucrânia.

Mais tarde, nesta sexta-feira, Zelensky vai receber na capital ucraniana o primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, e vai participar numa reunião por videoconferência com os líderes políticos dos países que compõem o G7, e que incluem o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

A ministra da Defesa portuguesa, Helena Carreiras, é uma das dirigentes políticas internacionais que visita Kiev nesta sexta-feira, a convite do seu homólogo ucraniano, Oleksii Reznikov.

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