Marcelo garante “apoio inquebrantável” à Ucrânia

No primeiro aniversário da guerra na Ucrânia, Presidente da República acredita que a “democracia, liberdade e paz” vão “prevalecer na Europa”.

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Marcelo Rebelo de Sousa lembra que Portugal condenou desde a primeira hora a invasão da Ucrânia LUSA/ANTÓNIO COTRIM

No primeiro aniversário da guerra desencadeada pela Rússia, o Presidente da República assume que Portugal mantém o “apoio inquebrantável” à Ucrânia em várias dimensões – desde a sua “legítima defesa” à sua “vocação europeia”.

Numa nota divulgada na manhã desta sexta-feira no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa recorda que Portugal condenou desde a primeira hora a invasão da Ucrânia como um “acto intolerável”. “A posição de Portugal não se alterou um milímetro ao longo deste ano e assim continuará até a Ucrânia garantir as condições de segurança que entenda estarem cumpridas para se iniciar um roteiro político com vista a uma paz duradoura”, lê-se na nota.

Na passagem do primeiro aniversário da invasão da Ucrânia, o chefe de Estado deixa uma mensagem de apoio e de união em torno dos valores europeus. “Mantemos o apoio inquebrantável à sua legítima defesa, aos seus refugiados, à sua reconstrução, à sua vocação europeia. Estamos ao seu lado no caminho da integração europeia. Mantemo-nos firmes na unidade das decisões na União Europeia e na NATO. E cremos, sem hesitações, que a democracia, a liberdade e a paz prevalecerão na Europa”, declara, despedindo-se com uma saudação: “Viva o povo ucraniano.”

O chefe de Estado elogia os portugueses pelo acolhimento de refugiados ucranianos, seguindo o exemplo do cônsul de Portugal em Bordéus: “Somos um povo de coração grande, humanista, vinculado aos valores da Europa da paz e da generosidade, como tão bem nos ensinou Aristides de Sousa Mendes.”

Esta quarta-feira, Marcelo disse que estará para breve a sua visita a Kiev, agora que já há uma nova embaixadora da Ucrânia em Portugal​. Nos últimos dias, o Presidente tem considerado que os próximos meses constituem um “período decisivo” para o desfecho do conflito, tendo em conta o fim do Inverno e a reentrada de carros de combate no terreno. Sem fazer previsões sobre o fim da guerra, Marcelo alertou esta quinta-feira para o risco de haver coincidência entre o prolongamento dos combates e a realização de eleições nos Estados Unidos e para o Parlamento Europeu em 2024, uma realidade que “todos gostariam de evitar”.

A mensagem do Presidente começa por recordar que a Federação Russa invadiu “ilegal e ilegitimamente” a Ucrânia, “iniciando uma guerra na Europa, em violação dos princípios basilares do direito internacional, da Carta das Nações Unidas e dos acordos assinados após a dissolução da União Soviética”.

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