Portugal mantém apoio à exclusão da Rússia no desporto

Jogos Olímpicos de Paris em 2024 mobilizam mais de três dezenas de países em campanha para manter a decisão de banir atletas russos e bielorrussos das competições internacionais.

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João Paulo Correia assinou apoio à continuidade da exclusão de atletas russos e bielorrussos LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

Portugal está entre um lote de mais de 30 países que apoiam a prolongação da suspensão de atletas russos e bielorrussos das competições desportivas internacionais, segundo posição divulgada pelo ministério da Cultura britânico.

Na declaração assinada pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, fica patente o "apoio em curso a que atletas russos e bielorrussos sejam banidos de competir em provas internacionais enquanto durar a guerra na Ucrânia", em nova tomada de posição forte a nível internacional a caminho dos Jogos Olímpicos Paris 2024.

A declaração sobre o tema vem de uma reunião promovida no dia 10 de Fevereiro no Reino Unido e que contou com a participação do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que notou a destruição de infraestruturas desportivas no seu país e a perda de muitos atletas devido à invasão russa.

A declaração nota ainda que desporto e política estão "intimamente ligados" na Rússia e na Bielorrússia, denotando "preocupações fortes com o quão exequível é para atletas olímpicos destes países competirem como 'neutrais', quando são directamente financiados e apoiados pelos seus Estados". A excepção, a este respeito, reside no circuito profissional de ténis.

"Enquanto estes assuntos fundamentais não forem tratados, bem como a falta de clareza substancial e detalhes concretos quanto a um modelo de neutralidade funcional, não concordamos que russos e bielorrussos possam regressar à competição. Sublinhando a posição do Comité Olímpico Internacional (COI), de que nenhuma decisão final foi tomada, pedimos a este organismo que responda às questões que estes países colocam", pode ler-se no documento.

Esta posição responde a uma "preocupação" com um "caminho a ser explorado que permita a russos e bielorrussos a participação em competições, incluindo Paris 2024", lembrando que a situação na Ucrânia "continua a deteriorar-se" desde que estes desportistas foram suspensos, não havendo, por isso, razão para alterar a medida.

Além de Portugal, esta posição é assinada pela França, que acolhe os próximos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, mas também pela Grécia, pelo Japão, que recebeu Tóquio 2020, além da Itália e das "potências" desportivas que são os Estados Unidos, Canadá, Alemanha e o Reino Unido.