Na noite do último domingo, espreitámos a passadeira vermelha dos prémios da música, os Grammys, que aconteceram em Los Angeles. Demos os parabéns a Beyoncé que ganhou tudo o que havia a ganhar, menos o prémio principal, que foi para Harry Styles; também parabenizamos Viola Davis que se tornou numa EGOT — alguém que tem um Emmy, um Grammy, um Óscar e um Tony. Mas, durante a semana, o que discutimos foi o rosto modificado de Madonna.
A cantora acabou por se defender nas redes sociais, classificando as reacções como misóginas e lamentando os preconceitos em relação à idade, que perduram.
A jornalista Teté Ribeiro, do Folha de S.Paulo, recorda que desde tempos imemoriais que as mulheres procuram a eterna juventude: "Faz milhares de anos que as mulheres são atormentadas pela ideia de que precisam cuidar da aparência de maneira imperceptível, privada, ninguém pode saber. E se submetem a verdadeiras torturas quotidianas — e aqui entram de sapatos de salto alto a sutiãs com uma barra de metal para levantar os seios, passando por roupas de baixo que apertam o corpo para afinar a silhueta (e fazem de Kim Kardashian uma bilionária no processo)."
Por isso, a jornalista Monica Hesse, do The Washington Post, defende que: "A nossa responsabilidade colectiva é criar uma sociedade onde os outros façam escolhas baseadas no que os faz felizes e não nas nossas expectativas ou receios tóxicos sobre o envelhecimento."
Entretanto, com ou sem plásticas, saltos altos ou sutiãs com barbas de baleia, em Portugal e em Espanha, as mulheres são metade da força de trabalho das empresas ibéricas, mas continuam a não chegar ao topo, revela um estudo da consultora McKinsey. Permanece uma disparidade salarial de 10,1% entre os dois sexos. Quando entram nas empresas, elas ainda acreditam em igualdade de oportunidades, uma ideia que vai desaparecendo à medida que vêem os seus colegas homens ascender. No que toca à vida familiar, as mulheres dizem ser mais penalizadas devido ao trabalho: metade (49%) diz ser responsável pela maioria ou totalidade das tarefas domésticas, quando apenas 15% dos homens dizem fazer o mesmo. Poderá ser um dos motivos por que também elas revelam níveis mais elevados de burnout ─ 45% sentem-se quase sempre em esgotamento, os homens representam 33%.
Voltando ao envelhecimento e para que este se faça de forma saudável, saiba que o consumo moderado de vinho tinto beneficia o coração; que o consumo de leguminosas é muitíssimo saudável; que o consumo de alimentos mais ricos em gordura saturada, açúcares simples e baixo teor de fibra está associado a uma diminuição da qualidade de sono; e que o exercício físico pode ajudar a ganhar resiliência em qualquer idade. Junto ainda nove dicas para preparar a sua casa para quando tiver menos mobilidade e já não tiver olhos de falcão.
Os portugueses são solidários e gostam de ajudar, recorde-se como em Novembro passado, em apenas quatro dias, a família de Tomás Lamas, um menino de 11 anos com leucemia, conseguiu angariar 350 mil euros para que a criança pudesse entrar num ensaio clínico. Na quinta-feira, a família informou nas redes sociais que Batazu, como também era conhecido, morreu, em Pequim, onde estava a receber os tratamentos.
Sobre os sismos na Turquia e na Síria, Gustavo Carona escreveu sobre como podemos ajudar e sobre a importância da empatia, que esta não se esvaia. Aproveitámos ainda para conversar com o médico intensivista sobre a angariação de fundos que começou para ajudar os Médicos Sem Fronteiras, que estão naqueles países. Sobre a dor e o sofrimento da perda, João da Silva cita na sua crónica o escritor Elie Wiesel: "O oposto do amor não é o ódio, é a indiferença. O oposto da beleza não é a fealdade, é a indiferença. O oposto da fé não é a heresia, é a indiferença. E o oposto da vida não é a morte, mas sim a indiferença entre a vida e a morte"
Boa semana!