Porque é que a Capela do Rato não é da Igreja?
Serão os não católicos que entendem que o episódio deve ser esquecido? Ou aos católicos também não agrada serem recordados como parte do processo?
No final de janeiro de 1973, Francisco Sá Carneiro entregou o pedido de renúncia ao seu mandato de deputado à Assembleia Nacional. Costumava dizer que, nos quatro anos em que foi deputado, tinha sido este o seu único pedido a que a Assembleia Nacional tinha assentido. Duas semanas depois, a 6 de fevereiro – cumprem-se agora precisamente 50 anos – Miller Guerra seguiu-lhe os passos, proferindo um discurso que ficou na História. As duas renúncias carregaram um peso simbólico importante, assinalando o fim da esperança na capacidade da Ala Liberal para mudar o regime a partir de dentro. E a gota de água que fez entornar o copo foi uma vigília pela paz: a vigília da Capela do Rato.
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