Não matem os exames nacionais
É evidente que os exames nacionais refletem as desigualdades do sistema de ensino. Só que essa é uma excelente razão para os mantermos e não para os abandonarmos.
Antes da pandemia, o diploma do ensino secundário (exceto no ensino profissional e no ensino artístico) passava pela “realização de exames finais nacionais às disciplinas sujeitas a avaliação externa” (decreto-lei n.º 55/2018). Traduzindo por miúdos: era necessária uma nota mínima de 8 valores nos exames nacionais das disciplinas “sujeitas a avaliação externa”, que são pelo menos quatro para cada área de estudos. A nota do exame nacional tinha, para além disso, um peso de 30% na classificação final da disciplina. Portanto, uma pessoa com 16 de nota interna e 7,5 no exame nacional de, digamos, Matemática do 12.º ano, não conclui essa disciplina.
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