Samsung Galaxy S23 Ultra: melhor à noite, mais amigo do ambiente e mais caro

O novo topo de gama da Samsung é mais rápido, tira melhores fotografias em ambiente com pouca luz e tem mais componentes recicláveis – é também 170 euros mais caro. A empresa vê mercado em Portugal.

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Galaxy S23 Ultra chega em verde, lavanda, bege e preto Samsung

A sul-coreana Samsung tem três novos topos de gama na série Galaxy S: o S23, o S23 Plus e o S23 Ultra. A captação de imagens de qualidade – independentemente da perícia fotográfica – continua a ser um dos grandes focos para os telemóveis premium da marca lançados esta quarta-feira. O modelo de topo, o S23 Ultra (a partir dos 1449 euros), promete ser mais rápido, tirar melhores fotografias no escuro e ter mais componentes recicláveis do que o precedente, o S22 Ultra. Custa também mais 170 euros, numa altura em que as exportações globais de smartphones estão em queda.

No último trimestre de 2022, que coincide com o período de festas e de fim de ano, o número de smartphones enviados para retalho diminuiu cerca 18,3%. Os dados (ainda preliminares) são da analista de mercado IDC que realça que a Samsung vendeu menos 10 milhões de aparelhos do que no período homólogo.

A empresa sul-coreana continua a ver potencial para crescer no mercado premium português. “Se bem que o mercado caiu um pouco, continuamos a ver potencial de crescimento no mercado, em particular, no mercado acima dos 600 euros e no mercado acima dos 1000 euros, que é o segmento que mais cresce”, diz ao PÚBLICO José Correia, director de marketing da área de mobile da Samsung em Portugal, numa pré-apresentação dos aparelhos.

“No terceiro trimestre [de 2022] apenas o segmento muito baixo e o segmento muito alto [acima dos 920 euros] continuaram a crescer”, confirma ao PÚBLICO Francisco Jerónimo, vice-presidente do departamento de análise de dados da IDC na Europa. “A inflação obrigou a que quem tivesse de trocar de telefone o fizesse por um modelo de baixa gama. Quando ao segmento muito alto, continuou a estar incólume aos efeitos da inflação, uma vez que se dirige a um segmento de mercado com poder de compra.”

Imagens sem “grão”

Na apresentação do S23 Ultra, a marca sul-coreana destaca a capacidade de o aparelho tirar fotografias com melhor qualidade em baixa luminosidade. Regra geral, fotografias tiradas com pouca luz ficam demasiado difusas ou com “grão” (ruído visual), que são manchas de píxeis que distraem o observador. O S23 Ultra corrige esse efeito com um novo algoritmo que usa inteligência artificial para melhorar os pormenores dos objectos captados, mantendo a cor original. O sistema, treinado com imagens de alta qualidade, analisa cada pormenor da fotografia (por exemplo, o cabelo) para garantir que a fotografia mostra o máximo de informação possível, com a máxima qualidade.

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Fotografia tirada com o novo Samsung S23 Samsung

Como o PÚBLICO teve oportunidade de ver durante a pré-apresentação do aparelho no Planetário de Lisboa, o S23 Ultra é capaz de captar pormenores de constelações no céu estrelado (difíceis de ver a olho nu) numa zona sem qualquer luz externa. “Queremos ser o telemóvel ideal para a astrofotografia”, declara José Correia. ​“Numa zona de céu escuro passam a ser possíveis fotografias muito interessantes do céu sem esforço, mesmo no modo de câmara automático.”

Mais botões reciclados

A nível da sustentabilidade, a marca salienta que integra mais materiais reciclados do que a série Galaxy 22. O tabuleiro do cartão SIM e os botões laterais (volume e on/off) são alguns dos pequenos elementos criados a partir de alumínio, vidro e plástico reciclado. A Samsung colabora com a Royal DSM, uma organização responsável pela recolha de redes de pesca descartadas ao longo da costa do oceano Índico.

“O S23 Ultra é um telemóvel muito idêntico a nível de aparência ao aparelho anterior, mas tem melhorias significativas em três eixos fundamentais: a sustentabilidade com o uso de mais materiais reciclados, a fotografia e a performance”, destaca José Correia. “Isso faz com tenhamos boas expectativas. A bateria, por exemplo, está mais resistente, mais eficiente, o que resulta num equipamento que dura muito mais do que um dia.”

A versão base do S23 Ultra também vem com mais memória (256GB de armazenamento base em vez dos 128GB do S22 Ultra).

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Novos Galaxy S23 Plus (a partir dos 1249 euros), S23 Ultra (a partir dos 1449 euros e S23 (a partir dos 989 euros) Samsung

De resto, o S23 Ultra é realmente muito parecido com o modelo precedente: tem um ecrã de 6,8 polegadas, wi-fi 6E (uma evolução do wi-fi 6 que usa a banda dos 6 GHz​, que permite maior velocidade de transferência) e uma bateria de 5000 mAh concebida para aguentar mais de 24 horas entre carregamentos. O telemóvel continua a ser compatível com a caneta S Pen que permite controlar o aparelho à distância – até 2020, as S Pen para telemóveis eram exclusivas dos Note, a antiga gama de smartphones da Samsung com ecrãs grandes.

Durante o evento desta quarta-feira, a Samsung também revelou três novos portáteis da linha Galaxy Book com sistema operativo Windows: o Galaxy Book3 Pro (a partir dos 1249 dólares; cerca de 1145 euros à taxa de câmbio actual), o Book3 Pro 360 (a partir dos 1399 dólares), que se pode dobrar para usar como um tablet e é compatível com a S Pen, e a versão Ultra (a partir dos 2199 dólares). Por ora, nenhum tem lançamento previsto para Portugal.

Os novos smartphones Galaxy chegam às lojas portuguesas dia 17 de Fevereiro, mas já estão disponíveis para pré-venda. Além do Galaxy S23 Ultra (a partir dos 1449 euros para a versão de 256GB), há o Galaxy S23 Plus (a partir dos 1249 euros) e o Galaxy S23 (a partir dos 989 euros) com baterias menores e menos lentes fotográficas do que a versão de topo.

Editado às 19h27 para acrescentar informação sobre os novos portáteis da Samsung.

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