Oficial da Força Aérea dos EUA prevê guerra com a China em 2025

Um documento interno da Força Aérea expõe as estimativas do chefe do Comando de Mobilidade Aérea e pede aos militares que intensifiquem as preparações para um conflito.

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General Mike Minihan, comandante do Comando de Mobilidade Aérea dos Estados Unidos Master Sgt. Melissa White

Um comunicado interno da Força Aérea norte-americana prevê que daqui a dois anos os Estados Unidos e a China possam estar em guerra. Nunca uma estimativa por parte das autoridades norte-americanas tinha apontado para uma data tão próxima.

O documento é citado pelo Washington Post e é assinado pelo general Michael Minihan, chefe do Comando de Mobilidade Aérea da Força Aérea norte-americana. Trata-se de um comunicado interno dirigido ao pessoal deste ramo das Forças Armadas para que intensifiquem as preparações para um “potencial conflito” com a China a breve prazo.

O general enumera uma série de datas-chave para justificar o calendário, partindo do pressuposto de que o conflito será desencadeado por uma invasão chinesa de Taiwan, a ilha reivindicada pelo regime de Pequim que é governada de forma autónoma desde 1949 e é aliada de Washington.

Esperando estar “errado”, o general Minihan afirma, no entanto, ter um “palpite” que aponta 2025 como a data mais provável para o início de um conflito entre as duas potências mundiais. “Xi [Jinping, Presidente chinês] assegurou o seu terceiro mandato e montou o seu conselho de guerra em Outubro de 2022. As eleições presidenciais de Taiwan são em 2024 e vão fornecer a Xi uma razão. As eleições presidenciais dos Estados Unidos estão marcadas para 2024 e vão oferecer a Xi uma América distraída”, enumera o general.

A conclusão é de que “a equipa, as razões e a oportunidade de Xi estão todas alinhadas para 2025”.

O memorando deixa orientações expressas aos membros da Força Aérea para que “levem em consideração os seus assuntos pessoais” e sejam mais agressivos nos seus treinos. “Corra deliberadamente, não de forma imprudente. Se se sente confortável com a abordagem do seu treino, então é porque não está a arriscar o suficiente”, escreve Minihan.

A veracidade do conteúdo do documento foi confirmada pela porta-voz das Forças Armadas, Hope Cronin, em declarações à NBC News, que avançou em primeiro lugar com a notícia. O memorando “assenta nos esforços feitos o ano passado pelo Comando de Mobilidade Aérea para estabelecer as bases de preparação para conflitos futuros das Forças de Mobilidade Aérea, no caso de falhar a dissuasão”, explicou a responsável.

Os dirigentes norte-americanos têm intensificado os alertas para a possibilidade de eclosão de um conflito com a China. O próprio Presidente Joe Biden já afirmou que Washington não deixará de intervir em caso de invasão ou ataque contra Taiwan. Pequim tem reafirmado a intenção de reintegrar a ilha de 23 milhões de habitantes e, embora defenda uma “reunificação pacífica”, não exclui a via da força.

Em 2021, o almirante Phil Davidson, que comandava a Frota do Indo-Pacífico, avançou o ano de 2027 como a data mais provável para que a China viesse a tentar tomar Taiwan.

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