Do confronto à prostração, com amor e fúria, Nick Cave
Fé, Esperança e Carnificina é autobiografia fragmentária, reflexão sobre o ofício da música e os mistérios da criatividade, testemunho da luz que emerge da mais profunda escuridão.
“I am the sinner, I am the saint/ I am the darkness, I am the light/ I am the hunter, I am the prey/ I am the devil, I am the savior”. É este o refrão de uma canção ao modo de Nick Cave, segundo um programa de inteligência artificial, o Chat GPT. Versos simplórios, patéticos, como se assomasse perante nós, de forma grotesca, o pesadelo de Nick Cave nos idos de 1980. “Detestaria ficar na história como o gótico n.º1, o homem que deu origem a mil bandas góticas com penteados empilhados, sem personalidade, gente pálida doentia”, exclamava em 1988 numa reportagem do NME que acabou com Cave a insultar e a tentar agredir o jornalista de diversas formas — e a falhar repetidamente o alvo.
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