Apoiantes de Bolsonaro invadem área do Congresso em Brasília
O confronto começou quando centenas de pessoas vindas do Quartel-General do Exército chegaram à Esplanada e se concentraram em frente ao Ministério da Justiça.
Manifestantes bolsonaristas com pedidos antidemocráticos entraram na Esplanada dos Ministérios na tarde deste domingo e invadiram uma área do Congresso Nacional. Pouco antes das 15h (18h em Portugal continental), a Polícia Militar lançou gás lacrimogéneo para tentar travar o avanço dos manifestantes.
O confronto começou quando um grupo de centenas de pessoas, vindas do Quartel-General do Exército, chegou à Esplanada e se concentrou em frente ao Ministério da Justiça e uma parte invadiu a parte superior e a área interna do Congresso.
Após a invasão, os manifestantes avançaram para a Praça dos Três Poderes, onde houve confrontos. Em reacção às granadas de gás lacrimogéneo lançadas pela polícia, os manifestantes soltaram fogos-de-artifício, atiraram grades de ferro e outros objectos contra os polícias, que acabaram com viaturas danificadas.
URGENTE: Invasores quebram vidraças da chapelaria do Congresso e invadem a Câmara dos Deputados. Extremistas já estão no Salão Verde e nos anexos do prédio. Também houve invasão ao Palácio do Planalto. Presidente Lula não está no local. pic.twitter.com/lP91pLqTuf
— Renato Souza (@reporterenato) January 8, 2023
Parte do grupo dirigiu-se ao Palácio do Planalto, onde entrou numa parte do complexo e perduraram bandeira do Brasil numa janela.
Em seguida, dirigiram-se ao Supremo Tribunal Federal, onde alcançaram uma área de segurança.
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva não está em Brasília este fim-de-semana, depois de ter viajado para o estado de São Paulo, para acompanhar as vítimas das chuvas em Araraquara, no interior paulista.
O Governo Lula da Silva prometeu desmobilizar os acampamentos montados por apoiantes do ex-Presidente Jair Bolsonaro em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília. Na última quarta-feira, o ministro da Justiça, Flávio Dino, garantiu que "até sexta-feira", 6 de Janeiro, as mobilizações antidemocráticas seriam resolvidas.
"A condução que eu tenho com o [José] Múcio [ministro da Defesa] é de que estará resolvido até sexta", disse.
No entanto, o que se viu foi o oposto. Além de não ter conseguido expulsar os manifestantes, o governo teve que accionar a Força Nacional para reforçar a segurança da Esplanada dos Ministérios.
Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça.
— Flávio Dino ???? (@FlavioDino) January 8, 2023