Covid-19: ministro da Saúde acredita que “não seja necessário” ter mais medidas
A partir da meia-noite, os passageiros provenientes de voos vindos da China têm de apresentar um teste negativo realizado no máximo até 48 horas antes do embarque.
O ministro da Saúde acredita que as medidas preventivas tomadas contra a covid-19 serão suficientes, mas assegurou que a situação epidemiológica está a ser monitorizada “semana a semana”. A partir da meia-noite, os passageiros provenientes de voos vindos da China têm de apresentar um teste negativo realizado no máximo até 48 horas antes do embarque.
“As medidas a tomar vão sendo avaliadas semana a semana. Tenho a expectativa que não seja necessário mais do que aquilo que estamos a fazer”, disse este sábado o ministro da Saúde, referindo que “o que está em causa não é criar alarmismo”, mas sim ter informação tendo em conta os dados disponibilizados pelo governo chinês.
Manuel Pizarro lembrou que a partir da meia-noite os passageiros de voos vindos da China têm de apresentar um teste negativo à covid-19, realizado no máximo até 48 horas antes do embarque, e que isso, “combinado com a vigilância à chegada aos aeroportos, será suficiente”. Mas tudo “será avaliado e procederemos com as autoridades de saúde de acordo com os dados que forem aparecendo”, disse, referindo ainda não ter resultados dos testes aleatórios que foram realizados ao voo que chegou este sábado da China.
Manuel Pizarro, que falava às televisões à margem da conferência Medicamentos. Da produção ao doente, que decorreu em Santa Maria da Feira, apelou a que todas as pessoas que tenham indicação para fazer a dose de reforço da vacina contra a covid o façam. Segundo um comunicado dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, desde Setembro mais de três milhões de pessoas já fizeram a imunização.
Numa nota enviada esta sexta-feira pelo Ministério da Saúde, ao voo que chegou este sábado da China foi aplicada “a testagem aleatória, mas de carácter obrigatório" de passageiros. O comunicado referia também que vão também ser postos em prática mecanismos de monitorização de águas residuais no Aeroporto Internacional Humberto Delgado, em Lisboa e nas aeronaves provenientes da China, com vista à identificação de vírus SARS-CoV-2 e posterior sequenciação genómica.
Segundo o ministro, a operação de testagem aleatória, que implicou a deslocação de equipas do INEM e também a colocação das autoridades policiais, “correu bem”. “Em 34 minutos recolhemos análises que queríamos colher. Isto corresponde aos que foi dito, que estávamos a preparar o sistema para quando fosse necessário”, disse Manuel Pizarro, recomendando que quem viaje para a China tenha o programa vacinal completo e adopte “as medidas de higiene com que nos familiarizamos durante a pandemia”.
Maternidades: regras iguais para todos
O ministro foi também questionado sobre as urgências de ginecologia/obstetrícia. Manuel Pizarro afirmou que todo o sistema está a ser estudado e fez um balanço positivo do encerramento rotativo de algumas urgências públicas nos fins-de-semana do Natal e Ano Novo. No próximo dia 10 está marcada uma reunião com conselhos de administração de vários hospitais, INEM e direcção executiva do SNS para programar o primeiro trimestre deste ano e o Verão.
Foi questionado também sobre o possível encerramento de algumas maternidades privadas e quantas poderiam ser. “Já disse várias vezes que as regras têm de ser iguais. Regras de qualidade e segurança não têm que ver com quem é o operador. O objectivo é proteger as mães. Não pensamos nisso em termos do que vamos encerrar. Pensamos que vamos garantir a qualidade e segurança”, disse.
“O que vamos fazer é que as regras e que são aplicadas ao sector público sejam aplicadas às restantes maternidades. Estamos a estabelecer diálogo com outros peritos e técnicos sobre quais regras de qualidade e segurança indispensáveis e quando estiverem definidas serão aplicadas a todas as maternidades do país, seja qual for o seu proprietário”, afirmou.