Festas de passagem de ano canceladas no Porto, Gaia e Matosinhos devido ao mau tempo

Chuva forte, vento e agitação marítima que se prevê levou a Protecção Civil a recomendar que os festejos fossem cancelados.

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Os festejos estavam marcados para a Praça da Republica e para o Queimódromo. O mau tempo obrigou ao cancelamento da agenda programada. Paulo Pimenta/Arquivo

Já estava tudo montado para os festejos poderem arrancar, mas o mau tempo obrigou a uma alteração de planos de última hora. As projecções da Protecção Civil apontam para um agravamento das condições climatéricas nos três concelhos da Frente Atlântica. A chuva forte, o vento e agitação marítima que ocorrerão durante a noite de viragem para o novo ano fez as autarquias do Porto, Gaia e Matosinhos repensarem o que estava planeado a nível de festejos de rua para celebrar a entrada em 2023.

Em comunicado elaborado em conjunto pelas três autarquias, divulgado pela Câmara do Porto, adianta-se que a agenda de festejos que estava programada já não se vai concretizar. Por recomendação da Protecção Civil, Rui Moreira, Eduardo Vítor Rodrigues e Luísa Salgueiro cancelaram "os festejos musicais, realizados no exterior, e pirotécnicos marcados para a noite da Passagem de Ano", nas três cidades.

Avança o mesmo comunicado que, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se que já a partir das 21h desta sexta-feira até às 9h de sábado o vento atinja “rajadas de 80Km/h”. Para os dias 31 e 1 de Janeiro espera-se “ocorrência de chuva persistente e por vezes forte”, fazendo subir o nível de alerta para Amarelo e Laranja, respectivamente. A fase mais crítica ocorrerá precisamente durante a madrugada de entrada no novo ano, entre a meia-noite e o meio-dia.

Quem todos os anos continua a preservar a tradição de arriscar no primeiro mergulho no mar do ano talvez seja forçado a adiar o costume para outro dia. Entre as 12h de 31 de Janeiro e as 12h de 1 de Janeiro, as “ondas de oeste-sudoeste” deverão atingir “4 a 4,5 metros”. Por isso, a Protecção Civil desaconselha “os tradicionais banhos de mar do dia 1 de Janeiro” e pede para se evitar a proximidade junto a “linhas de água de pequenas ou grandes dimensões”.

O epicentro dos festejos destes três concelhos, como é habitual, tinha base no Porto. Este ano, ao contrário de outros, por força das obras de expansão do metro que decorrem na Baixa, a autarquia portuense tinha descentralizado as celebrações da Avenida dos Aliados para dois pontos distintos da cidade – na Praça da Republica seria lançado fogo-de-artifício e no Queimódromo, encostado a Matosinhos, onde se esperavam 40 mil pessoas, haveria música e um espectáculo de pirotecnia. Mas já não vai ser assim. Por causa do mau tempo, as celebrações foram canceladas.

O PÚBLICO perguntou à Câmara do Porto se os festejos, que custaram à autarquia cerca de 400 mil euros e incluíam os concertos de Fernando Daniel, Diogo Piçarra e Moullinex, seriam adiados para outra data. Por agora, ainda não está definido o que acontecerá.

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