Graça Freitas vai deixar a liderança da Direcção-Geral da Saúde

Médica fica a liderar a Direcção-Geral da Saúde até ser escolhido um substituto.

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Graça Freitas vai reformar-se aos 65 anos LUSA/ANTÓNIO COTRIM

A directora-geral da Saúde, Graça Freitas, decidiu reformar-se e vai deixar o cargo que ocupa desde 2018. O mandato de cinco anos à frente da Direcção-Geral de Saúde (DGS) termina este sábado, dia 31 de Dezembro, e a médica especialista em saúde pública - que foi um dos rostos da pandemia de covid-19 em conjunto com a ex-ministra da Saúde - não tenciona renová-lo, confirmou o PÚBLICO junto de uma fonte da DGS.

Com 65 anos, Graça Freitas poderia candidatar-se a mais um mandato e ficar a liderar a DGS até aos 70 anos, mas optou por não o fazer e deverá aposentar-se nos primeiros meses de 2023.

Segundo o Observador, que adiantou a notícia, a médica já comunicou a decisão de que não pretende renovar o mandato ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, e aceitou permanecer na liderança da DGS até que se encontre um substituto.

A legislação obriga à abertura de um concurso público para a escolha da nova liderança da DGS, que passará pela Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (Cresap). Mas o ministro da Saúde pode indicar, entretanto, alguém que substitua interinamente Graça Freitas, enquanto o concurso é realizado.

Numa nota enviada esta quinta-feira à imprensa, o Ministério da Saúde agradeceu"a disponibilidade demonstrada pela directora-geral da Saúde no término do seu mandato e todo o empenho e dedicação na liderança da Direcção-Geral da Saúde ao longo dos últimos anos, de um modo especial na resposta à pandemia, a maior crise global de saúde pública do último século".

A designação do futuro titular do cargo seguirá agora a tramitação legal, explicou. "A escolha será naturalmente efectuada dentro de um perfil que se enquadre no quadro das competências da DGS, onde sempre estiveram presentes as responsabilidades da Autoridade de Saúde Nacional na resposta a emergências sanitárias e de saúde pública".

Antes da pandemia de covid-19, Graça Freitas - que foi a segunda mulher a ocupar este cargo em mais de um século - já estava muito habituada a lidar com emergências de saúde pública.

Desde que assumiu a liderança da DGS, sucedendo a Francisco George, e antes de enfrentar a desgastante maratona da pandemia de covid-19, tinha lidado com dois surtos de legionella, um surto de sarampo, períodos de excesso de mortalidade por causa do frio e da gripe e de ondas de calor.

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