Eis o Inverno: chuva e frio para dar início a 2023
Ano novo deverá começar com chuva em todo o território (e mais forte nas regiões Norte e Centro). Devemos viver, nos primeiros dias de 2023, “o primeiro episódio de tempo mais frio deste Inverno”.
Espera-nos uma passagem de ano possivelmente chuvosa: uma frente fria está a aproximar-se de Portugal e deverá trazer consigo precipitação “persistente e por vezes forte”, diz ao PÚBLICO Alessandro Marraccini, meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). A frente, que está a vir do Atlântico Norte, “ainda está muito longe” do país, pelo que há “alguma incerteza” relativamente a quando nos atingirá — tudo dependerá “da sua velocidade” —, mas deverá chegar entre a noite deste sábado, 31 de Dezembro, e as primeiras horas de 2023.
“O sistema frontal frio deverá começar por trazer chuva sobre o litoral Norte e o Minho”, onde deverá haver precipitação fraca no dia 31. Depois, “varrerá o país todo no dia 1”, diz Alessandro Marraccini, frisando que 2023 deverá começar não apenas com chuva, mas também com uma descida de temperaturas face aos últimos dias de 2022.
“Estamos a prever uma descida significativa das temperaturas a partir de 1 de Janeiro. As mínimas no Porto, por exemplo, cairão para oito a nove graus Celsius nos primeiros dias de 2023. Este deverá ser o primeiro episódio de tempo mais frio deste Inverno”, refere o meteorologista do IPMA.
Durante quanto tempo persistirão as temperaturas baixas? Alessandro Marraccini refere ainda ser “cedo para dizer”. Quanto à chuva, que deverá ser mais forte nas regiões Norte e Centro, espera-se que ela comece a perder intensidade a partir do dia 2. “É bastante provável que no dia 3 já não haja precipitação”, conta o meteorologista, dizendo ser também provável que o IPMA venha a emitir avisos meteorológicos para 1 de Janeiro.
Chuva e vento nos próximos dias
Até à passagem de ano, deverá haver “um episódio de tempo chuvoso nos dias 28 e 29”, quarta e quinta. As regiões onde a precipitação deverá ser mais forte serão, em princípio, o Minho, o Douro litoral e também as regiões montanhosas do Centro. Na capital, “haverá chuva, mas menos intensa”. A probabilidade de chuva é “muito baixa” no Sul.
Não é possível descartar algum “risco de cheias” nas regiões Norte e Centro, mas o IPMA ainda não emitiu quaisquer alertas. O instituto poderá vir a emitir “alguns alertas amarelos para o dia 29”, mas isso ainda está “sob avaliação”, assinala Alessandro Marraccini.
Quanto ao vento, ele deverá “aumentar gradualmente” entre quarta e sexta. “Poderemos ter rajadas até 65 quilómetros por hora [km/h] no litoral Norte e sobretudo nas terras altas (Serra da Estrela, Gerês)”, diz o meteorologista do IPMA.
Na passagem de ano, o vento deverá ser “fraco a moderado”, mas, dada a distância temporal, há neste momento alguma “incerteza” relativamente a esta previsão, sublinha ainda.