Quando a arte é grito, que palavras usa o crítico?

Há vidas maiores do que a arte — é importante lembrarmo-nos disso. Em 2022 houve muitas oportunidades para solidificar este pensamento.

Foto
Vera Marmelo

Quando me pediram para escrever este texto sublinharam que tinha de ser sobre “artes performativas, não concertos”. A pergunta que surgiu, e que não verbalizei, foi: “mas um concerto não é performativo?”. A implicação do corpo de quem canta, de quem toca, de quem performa, não conta? Claro que falo aqui de concertos feitos por quem entrega o seu corpo, a sua vida e a sua presença de forma generosa. De quem trilha caminhos com um gesto de mão, um olhar, ou mesmo um figurino. Muito do que vi este ano, e presenciei como transformador, habita esse lugar — que é, na verdade, um lugar bem ancestral.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.