50 anos depois, Wiriyamu já aconteceu. O mito do lusotropicalismo está a acabar?
Mais de 60 anos após o início da guerra colonial, parecemos estar prontos a confrontarmo-nos com os fantasmas nacionais.
A declaração de Marcelo Rebelo de Sousa sobre o massacre de Wiriyamu é uma peça que fica para a História. É a primeira vez que um presidente da República assume o tenebroso massacre em Moçambique que nunca existiu para nenhum chefe de Estado português antes dele. É um facto que António Costa já tinha, na viagem oficial a Moçambique em Setembro, assumido Wiriyamu como “indesculpável” e o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, pediu nesta sexta-feira “perdão às vítimas”. Mas Marcelo representa o Estado enquanto primeira figura e a sua família política é a direita.
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