Artes e ofícios portugueses reunidos online no Repositório Digital Saber Fazer
A missão é disseminar o conhecimento sobre as artes e ofícios tradicionais de Portugal e dar a conhecer os artesãos do país.
O Repositório Digital Saber Fazer, uma plataforma online que reúne informação sobre as artes e ofícios tradicionais portugueses, já está disponível e a população é convidada a participar – será um "trabalho em curso".
O projecto que foi apresentado esta sexta-feira no Museu de Arte Popular, em Lisboa, é o resultado do mapeamento e caracterização das artes tradicionais em Portugal. Trata-se de "um trabalho hercúleo de recolha de informação dispersa, junto de câmaras municipais, de centros de artesanato, de museus, de universidades" levada a cabo pela Direcção-Geral das Artes (DGArtes) nos últimos três meses, explicou à Lusa o director-geral das Artes, Américo Rodrigues.
"A partir de hoje não se vai parar, durante anos e anos vamos alimentando [a plataforma], até porque há um convite, publicado no próprio repositório, a que as pessoas participem", afirmou Rodrigues.
Disponível em www.programasaberfazer.gov.pt, o Repositório Digital do Saber Fazer é "uma grande plataforma que reúne informação sobre matérias-primas, artesãos, técnicas de produção, e também locais onde se pode ter contacto ou aprender sobre artes e ofícios tradicionais".
A missão, nota Américo Rodrigues, é "disseminar o conhecimento sobre estas práticas, sobre as artes e ofícios tradicionais" e ajudar as pessoas a conhecer os artesãos e oficinas no país.
Atlas interactivo
O site funciona "como um grande atlas" que mapeia a existência dos artesãos e dos artistas das artes e ofícios tradicionais por todo o país, com mapas interactivos, fotogalerias e textos também sobre cada prática. O repositório inclui igualmente as Rotas Saber Fazer, que propõem percursos temáticos dedicados a determinada arte ou ofício, como a cestaria de vime, a latoaria ou o mobiliário de bunho.
O Repositório Digital do Saber Fazer faz parte do programa Saber Fazer, anunciado em Julho de 2019, pela então ministra da Cultura, Graça Fonseca, como um programa que, em parceria com as áreas governativas da Economia, do Turismo e do Trabalho, pretende afirmar a produção artesanal tradicional como "um sector dinâmico, inovador e sustentável".
Inserido na estratégia nacional da Cultura para o período entre 2019 e 2024, este programa, aprovado em Setembro de 2020 em Conselho de Ministros, assenta em quatro pilares: preservação, educação, capacitação e promoção.
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