Podcast Cuidado com o Pet: O luto também faz parte. Como ultrapassar a perda de um animal?

Cuidado com o Pet é o podcast do P3 sobre animais de estimação. Neste episódio, conversamos sobre luto e como ultrapassar a perda de um animal de estimação. Segue o podcast nas aplicações habituais

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Podcast Cuidado com o Pet: ultrapassar luto por um animal de estimação Eugene Chystiakov/Unsplash

Para algumas pessoas, a perda de um animal de estimação pode ser tão ou mais difícil do que a morte de um familiar ou amigo. Para outros, não é tanto assim, mas a dor e a saudade persistem.

Este episódio do podcast Cuidado com o Pet é dedicado ao luto pelos animais, pretexto para uma conversa com o psicólogo Eduardo Carqueja, presidente da Delegação Norte da Ordem dos Psicólogos, sobre as fases deste processo, a saudade e ainda se é possível ultrapassarmos completamente a dor.

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“O luto é um processo dinâmico que decore sempre de uma perda significativa para a pessoa”, explica, acrescentando que quanto maior é a ligação emocional ao animal, mais difícil (e demorado) será o processo.

O choro, a tristeza e a saudade são reacções normais, mas é importante que a pessoa não fique presa à perda e reconstrua a vida sem o animal. Na verdade, o luto não tem uma determinada duração, o que quer dizer que para algumas vai demorar mais tempo e para outras menos. “Todos nós nascemos e morremos e é uma realidade da qual não podemos fugir”, salienta Eduardo Carqueja.

Da mesma forma, prepararmo-nos para a perda, por muito velho que o animal esteja, também não é possível. Sabemos que “é uma realidade” e que, mais tarde ou mais cedo, vai acontecer, mas não significa que não vamos sofrer. “Não há um corte das dimensões afectivas e emocionais. Não há luto sem sofrimento”, explica.

No entanto, com o tempo, a pessoa vai ultrapassar totalmente a perda e recordar o animal sem tristeza. As cinzas podem ajudar neste processo, contudo o psicólogo deixa o alerta: “são apenas cinzas e que já não é o animal”. “Se a pessoa se esquecer de pôr a mão nas cinzas antes de sair de casa, chegar atrasado ao trabalho e começa a ser implicações no dia-a-dia, precisa de ser ajudada a ter outros comportamentos que não tenham impacto na sua vida”, aponta Eduardo Carqueja.

“É muito bom termos saudades das pessoas e dos animais, porque mesmo depois de não os termos são importantes na nossa vida”, conclui.


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